As dificuldades crescem. Por CLAUDEMIR GOMES

Por CLAUDEMIR GOMES

O cobiçado G4 da Série B – grupo que assegura o acesso dos clubes à Série A do Campeonato Brasileiro – permanece inalterado há cinco rodadas. Cruzeiro, Bahia, Vasco e Sport se mantém firmes nas primeiras posições da tabela. O Grêmio, que no fechamento da décima-segunda rodada empatou (0x0) com o Sport, ocupa a quinta posição estando a um ponto do quarto colocado que é o rubro-negro pernambucano.

Os números atestam a excelente campanha do Cruzeiro, que em doze partidas contabilizou nove vitórias; o consistente trabalho de manutenção do Bahia, cujo técnico Guto Ferreira é um profundo conhecedor da competição; a evolução apresentada pelo Vasco, e a superação do Sport que, embora se mantenha na parte de cima da tabela, não apresenta um futebol que deixe seu torcedor otimista.

Pouco menos de um terço dos jogos foram disputados, fato que nos deixa com a certeza de que o cenário será alterado várias vezes, contudo, a julgar pelo equilíbrio que marca a competição até o momento, é grande a probabilidade de que a disputa pelas quatro vagas de acesso fique restrita a esses cinco times.

Como futebol não é uma ciência exata, existe sempre espaços para surpresas. Vale observar a boa sequência do Tombense que, nas quatro últimas apresentações somou três vitórias e um empate, ficando a uma vitória do Sport. Dos quatro times que ocupam o G4, o Leão da Ilha do Retiro foi o único que amargou duas derrotas nos últimos cinco jogos.

A receita para um acesso tranquilo é a de sempre: 19 vitórias e oito empates, o que leva o clube a um total de 65 pontos. Evidentemente que existe uma margem: para mais, ou para menos.

Estamos a sete rodadas do final do primeiro turno (jogos de ida). A décima-terceira rodada começa a ser disputada nesta terça-feira e será concluída no domingo. Destaque para o clássico: Náutico x Sport. Embora a competição não tenha chegado à metade dos trinta e oito jogos, o confronto entre alvirrubros e rubro-negros tem um caráter decisivo para ambos: o Náutico precisa contabilizar os pontos em disputa para tentar sair da zona de rebaixamento, por outro lado, o Sport precisa dos pontos para se manter no G4.

Embora o momento dos dois times seja antagônico – um na iminência de subir e outro na iminência de descer – não podemos creditar favoritismo a nenhum dos dois. Náutico e Sport sempre estarão envoltos por uma rivalidade centenária, fato que cria uma gama de possibilidades, inclusive do imponderável, tornando o resultado de qualquer clássico improvável.

Na busca do MAIS, ou para evitar o MENOS, a verdade é que os técnicos, Gilmar dal Pozzo e Roberto Fernandes, têm que, doravante buscar o diferencial até nas filigranas. Coisa que não é fácil quando se tem em mãos um grupo pouco qualificado para buscar as metas traçadas e desejadas.