“Se você quisesse morar na minha palhoça, lá tem troça, se faz bossa”, cantava Sylvio Caldas

ARQUIVO MARCELO BONAVIDES - Estrelas que nunca se Apagam - : ORLANDO SILVA CANTA J. CASCATA E LEONEL AZEVEDO

J. Cascata, um compositor de grandes sucessos

O cantor e compositor carioca Alvaro Nunes (1912-1961), conhecido por J. Cascata, expressa na letra de Minha Palhoça, um bonito, bucólico e romântico convite para a pessoa amada. Este samba de breque foi gravado pela primeira vez por Sylvio Caldas, em 1935, pela Odeon.

MINHA PALHOÇA
J. Cascata

Se você quisesse morar na minha palhoça
Lá tem troça, se faz bossa
Fica lá na roça à beira do riachão
E à noite tem um violão
Uma roseira cobre a banda da varanda
E ao romper da madrugada
Vem a passarada abençoar nossa união

Tem um cavalo
Que eu comprei em Pernambuco
E não estranha a pista
Tem jornal, lá tem revista
Uma kodak para tirar nossa fotografia
Vai ter retrato todo dia
Um papagaio que eu mandei vir do Pará
Um aparelho de rádio-batata
E um violão que desacata

Se você quisesse morar na minha palhoça
Lá tem troça, se faz bossa
Fica lá na roça à beira do riachão
E à noite tem um violão
Uma roseira cobre a banda da varanda
E ao romper da madrugada
Vem a passarada abençoar nossa união

Tem um pomar
Que é pequenino, é uma teteia, é mesmo uma gracinha
Criação, lá tem galinha
Um rouxinol que nos acorda ao amanhecer
Isso é verdade podes crer
A patativa quando canta faz chorar
Há uma fonte na encosta do monte
A cantar chuá-chuá.