Justiça nega recurso que pediu prisão de William Bonner

Nesta sexta-feira, Juizado Especial Criminal de Taguatinga rejeitou pedido do advogado Wilson Koressaw

William Bonner Foto: Reprodução/TV Globo

Nesta sexta-feira (28), o Juizado Especial Criminal de Taguatinga negou um recurso contra a decisão que rejeitou o pedido de prisão de William Bonner, jornalista e âncora do Jornal Nacional.

O advogado Wilson Koressawa, autor da ação contra Bonner, alegou que a juíza que negou o primeiro pedido não determinou instauração de inquérito policial para investigação do caso. Para ele, a magistrada agiu como se Bonner “fosse inocente”. As informações são da coluna Grande Angular, do portal Metrópoles.

Wilson pediu a prisão do jornalista, alegando que William Bonner incentivou a vacinação contra a Covid-19 de crianças e adolescentes.

Ao negar os embargos de declaração de Koressawa, nesta sexta-feira, o juiz Felipe da Costa Fonseca Gomes apontou que não se observou contradição, obscuridade, omissão ou erro material da primeira decisão.

Ex-juiz do Tribunal de Justiça do Amapá (TJAP) e promotor de Justiça aposentado, Wilson Issao Koressawa costuma aparecer nas redes sociais para defender o presidente Jair Bolsonaro e criticar antagonistas do chefe do Executivo. Ele possui um site denominado Grupo Ações Libertadoras, por meio do qual critica as medidas sanitárias contra a Covid-19 e pede a prisão de governadores, prefeitos, entre outras autoridades.

Conforme informações apuradas pelo portal Metrópoles, Koressawa foi nomeado juiz de direito substituto do TJAP em 1994, após passar no concurso em 7° lugar. Ele deixou o posto seis anos depois ao pedir exoneração, segundo portaria publicada no dia 5 de junho de 2001.

Em 1996, Koressawa também foi nomeado promotor de Justiça do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e se aposentou em fevereiro de 2011, por invalidez permanente, e tem remuneração de R$ 23 mil.

Atualmente, Koressawa é advogado ativo com inscrição na Subseção de Taguatinga, da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional do Distrito Federal.

Além de William Bonner, Koressawa também entrou com ação popular em 2020 contra todos os ministros do Supremo Tribunal Federal, afirmando que eles conspiram pela destituição do presidente Jair Bolsonaro. Ele também solicitou uma liminar pela interrupção do Poder Legislativo durante o isolamento da pandemia. No entanto, tal como no caso de Bonner, a Justiça não atendeu aos pedidos de Koressawa e classificou-os como “desconexos e ilógicos”. Em razão desta mesma ação, a Advocacia-Geral da União (AGU) chegou a pedir que Koressawa fosse condenado por litigância de má-fé e por atrapalhar o trabalho Judiciário.