Legista chama versão da Polícia sobre caso Beatriz de “fantasia”

 

O médico legista George Sanguinetti contesta a versão da Polícia Civil de Pernambuco de que o detento Marcelo da Silva, principal suspeito de assassinar a garota Beatriz Angélica Mota, em 2015, teria agido sozinho. Na última quarta-feira (12), o secretário Humberto Freire (Defesa Social) afirmou em coletiva de imprensa que não havia indícios de outros participantes no crime.

Hoje, Sanguinetti concedeu uma entrevista por telefone ao programa Super Manhã com Waldiney Passos na Rádio Jornal Petrolina. “É fraca a argumentação, a história não convence”, pontuou. O legista atuou em casos como a morte de PC Farias e da menina Isabella Nardoni.

“Como ele vai exatamente naquele setor abandonado [do Colégio]. Não foi um trabalho solitário, alguém observava, alguém vigiava. Não me convenço desse pedinte, desse pobre homem que assusta uma menina de 7 anos, que vai constatar que ele está armado com uma faca e é vitimada por conta disso. Faltam muitos elementos para ter veracidade“, completou.

O médico também classificou as colocações do secretário como “fantasia”. “Estão querendo encerrar o caso Beatriz. Logo agora que o caso seria federalizado e teria condições de obter as respostas precisas”, contestou.

Sanguinetti defendeu seu ponto de vista sem ter acesso aos laudos e materiais coletados no inquérito.