Cinema do Porto tem sessões cheias para sua inauguração e reafirma compromisso da Fundaj com o audiovisual

 Realizada neste domingo, a abertura da nova sala de cinema, localizada no Bairro do Recife, contou com a exibição do longa A Viagem de Pedro, de Laiz Bodanzky

O presidente da Fundaj Antonio Campos, o diretor Mário Hélio de Lima e o Presidente do Porto Digital Pierre Lucena

O Cinema do Porto deu o pontapé inicial na movimentação cultural que propõe para o Bairro do Recife com duas sessões de inauguração, exibindo o longa A Viagem de Pedro, de Laís Bodanzky. O público pôde ter o primeiro contato com a confortável e tecnológica sala instalada no 16º andar do edifício do Porto Digital, que conta com a excelência curatorial dos outros cinema da Fundação Joaquim Nabuco. A solenidade de inauguração contou com Antônio Campos, presidente da Fundaj, Mario Helio, diretor de Memória, Educação, Cultura e Arte, Silvio Meira, fundador do Porto Digital e Pierre Lucena, presidente do Porto Digital.

Para Antônio Campos, a chegada do Cinema do Porto é bastante representativa das ações de décadas da instituição em prol do audiovisual local e nacional, atuando nos eixos da circulação, produção e preservação cinematográfica com ações e projetos que vêm se intensificando a cada ano nas ações e projetos da Fundaj.

“Ao abrir uma terceira sala de cinema, ao lado de uma Cinemateca, um de acervo audiovisual, de cursos da Diretoria de Formação, estamos criando um polo de cinema para ainda mais sermos parceiro do gigantismo criativo que é o cinema pernambucano, ao qual nós temos uma grande alegria em ver essa grande força. Mostramos nossa preocupação em fazer uma programação de cinema sempre diversa e acessível”, afirmou o presidente da Fundaj.

O Cinema do Porto retomará a programação já em janeiro, com o fim do recesso das outras salas da Fundaj. No primeiro mês, a sala funcionará de terça a domingo, com duas exibições, realizadas a partir do fim da tarde, durante os dias de semana e três aos fins de semana, incluindo a matinê especial Domingo no Porto, com clássicos da sétima arte, assim como também as já conhecidas sessões de acessibilidade Alumiar e Indigo.

O público encheu a sala nas duas sessões de abertura, movimentando o último andar do prédio do Porto Digital. O novo equipamento faz sua estreia justamente em um momento no qual a cidade retoma gradualmente sua vida cultural, em especial, o retorno às salas de cinema, que anima tanto espectadores, como produtores e exibidores.

“O Recife passou uma situação tão especial, porque apesar de tudo ter fechado, nessa volta, temos duas salas de cinema novas na cidade, com a recuperação do Parque e com a inauguração dessa nova sala, perfeitamente equipada e central. Para nós, que produzimos cinema, ter um lugar novo para a produção nacional, algo que está no conceito da curadoria de todas as salas da Fundaj, é super bem-vindo e ficamos ansiosos para fazer uma pré-estreia em um espaço desse”, afirmou João Vieira Jr, produtor cinematográfico responsável pela Carnaval Filmes, com uma vasta experiência em grandes obras do cinema pernambucano contemporâneo.

Mario Helio, diretor de Memória, Educação, Cultura e Arte

“Nossos cinemas fazem parte de um conjunto de valorização do patrimônio e do entretenimento de alto nível, em que as pessoas se divirtam, porque o cinema é, antes de tudo, uma indústria de diversão, mas o cinema pode ensinar várias coisas. Sobretudo, o que obtemos numa sala de cinema é um momento agradável. O cinema nos provoca essa sinestesia de pensamento, nos diverte, nos faz refletir”, declarou Mario Helio, em consonância à programação que a Fundaj propõe para suas salas de cinema.

Silvio Meira, fundador do Porto Digital

O Cinema do Porto conta com um espaço de 511 m² e um telão de 7×3 metros, além de equipamentos de som e projeção digital de alto nível, frutos de reformas que totalizam um investimento de R$ 1,8 milhão. O espaço conta com recursos de acessibilidade, como elevadores para cadeirantes e também inaugura a possibilidade de compra de ingressos online e presencialmente por cartão entre os cinemas da Fundaj, por meio de terminais de atendimento do Sympla.

“Essa sala podemos encarar de várias formas. Como um projeto social para atender a comunidade do Pilar, a gente pode encarar também como um espaço cultural no centro da cidade do Recife e na alma do Porto Digital, que é nosso bairro, mas precisamos encarar sobretudo como a chegada da Fundação Joaquim Nabuco no Porto Digital”, afirmou Pierre Lucena, presidente do Porto Digital.