Moro anuncia Affonso Pastore, ex-presidente do BC, como seu conselheiro econômico

Moro em entrevista a Pedro Bial Foto: Reprodução/TV Globo

Em entrevista, Moro não revelou seus demais apoiadores

Deu em O Globo

O ex-juiz Sergio Moro (Podemos-PR) afirmou em entrevista ao “Conversa com Bial” na madrugada desta quarta-feira que o ex-presidente do Banco Central Affonso Celso Pastore é parte de um grupo de conselheiros que ele juntou para discutir os problemas econômicos do Brasil.

Pastore é autor do livro, recém-lançado, “Erros do passado, soluções para o futuro: a herança das políticas econômicas do século XX”. Moro disse que em sua visão o economista é um “dos melhores nomes do país”, mas não quis revelar outros especialistas com quem vem tendo conversas para construir seu projeto de candidatura à Presidência para 2022.

UM DOS MELHORES – “O problema é que esse projeto ainda está sendo construído e a partir do momento em que se revelam nomes, as pessoas ficam sob uma pressão terrível. Eu vou revelar um, e vou pedir escusas para não revelar outros: no nível macroeconômico quem tem me ajudado é um economista de renome, um dos melhores nomes do país, alguém que eu conheço há muito tempo, que é o Affonso Celso Pastore”, disse o ex-juiz ao jornalista Pedro Bial.

Horas após o programa, Moro postou uma foto da capa do livro do economista em suas redes sociais. Pastore, de 82 anos, foi presidente do Banco Central nos últimos anos da ditadura militar, durante o governo de João Figueiredo, entre 1983 e 1985.

Ele não poupa críticas à gestão de Paulo Guedes no atual Ministério da Economia. Em entrevista ao UOL, em setembro desse ano, ele afirmou que o economista opera como “cheerleader” (líder de torcida) de Bolsonaro e deu “nota zero” à sua condução da economia do país.

ENTRAR NA POLÍTICA – Moro também falou sobre a mudança de sua promessa de que não nunca iria entrar para a política.

“Eu não faltei com a verdade naquele momento, mas o contexto mudou tão completamente. Eu acreditava que o sistema político, ele ia consertar e não vi isso acontecendo. E me surgiu a opção de voltar agora para o Brasil e buscar essa reforma através do sistema político” disse o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública de Bolsonaro.