Por  José  Nivaldo  Júnior  – Consultor em comunicação,advogado,historiador, escritor e membro da Academia Pernambucana de Letras. 

Relaxem. A palavra golpista, no título acima, não se refere a nenhum movimento de caráter político ou institucional. Felizmente, nesse sentido, a palavra desapareceu por ora do dicionário da política brasileira. No máximo assistimos a pequenas manobras, constitucionais e regimentais mas pouco engrandecedoras da atividade. Foi o caso da demissão, ontem, e da readmissão, hoje, do ministro João Roma.
Nada ilegal. Nada que não seja prática comum nos diversos governos. Mas uma coisa, digamos, fácil de explicar mas difícil de entender. E que não enriquece a biografia de ninguém.

É NOTICIA?
Ontem tivemos, Magno Martins e eu, uma rápida troca de ideias sobre noticiar ou não a demissão do ministro, levantada logo cedo por nossa diligente repórter Hylda Cavalcanti. Prevaleceu o entendimento: Vamos noticiar. A relevância da informação está em mostrar o grau de seriedade com o qual o ministério é tratado.

E O GOLPE?
Os golpistas cibernéticos estão com a corda toda. Vou registrar essa tentativa para evitar que outros quase incautos como eu caiam de boa-fé nessas armadilhas que se espalham em nosso caminho.
Foi o que passo a narrar.
Pela manhã, recebo uma mensagem de uma figura respeitável da sociedade Pernambucana. Executivo. Intelectual. O zap estava registrado nos meus contatos. Tudo nos conformes.

LINK SUSPEITO
A pergunta: podia me incluir em um grupo de lideranças executivas? Meu ego foi para a estratosfera. Mas desceu rápido. Eu, liderança executiva? Hummmmm… Desconfiei de tantos galardões. Titulação excessiva para um pobre cavaleiro “sans avoir”. E tinha que confirmar num link enviado via SMS.
Não quis ser grosseiro, mas percebi o golpe.
Entrei em contato com familiares do amigo e com o próprio. Golpe, da gema.

COTA CUMPRIDA
Este ano, já cai numa armação envolvendo uma entrevista sobre a Covid. Mal terminei, caindo feito um patinho, já estavam pedindo dinheiro no meu nome.
Dessa vez, escapei. Fica o aviso de utilidade pública.