Cultura – APL retoma atividades com muitos problemas

Do JORNAL O PODER

Depois de quase dois anos de reuniões restritas ou à distância, a Academia Pernambucana de Letras, historicamente uma das mais importantes do país, retomou ontem o seu ritmo normal. Com os acadêmicos e convidados usando máscara, álcool em gel e outros cuidados adequados à pandemia, o presidente Lucílio Varejão e a tesoureira Ana Maria César apresentaram aos acadêmicos um panorama da situação patrimonial e financeira da instituição que se resume numa palavra: dificuldades.

SEM RECEITA

Tendo que manter a mais bela sede de Academias do Brasil, cuja depreciação é constante, sem a receita do aluguel do espaço para eventos e sem realizar cursos presenciais, a APL sobreviveu graças à contribuição dos próprios acadêmicos e a convênio para cursos com a Fundação Joaquim Nabuco. Montante insuficiente para a manutenção da sede, folha de pagamento e outras despesas inerentes a uma instituição centenária com uma sede de inestimável valor histórico.
Convênio assinado desde 2019 com o Governo de Pernambuco, em troca de serviços culturais para escolas públicas por parte da APL, simplesmente até agora não foi honrado pelo Governo um mês sequer.

CALENDÁRIO

Ficou marcada para o dia 22 do corrente a eleição para a diretoria que vai enfrentar o desafio de superar as dificuldades estruturais da instituição, agravadas pela pandemia.

VAGAS

Com a pandemia, acumularam-se quatro vagas na “Casa de Carneiro Vilela”. Correspondem aos acadêmicos Roque de Brito Alves, Marco Maciel, José Luiz da Mota Menezes e Waldênio Porto, falecidos nesse período. As inscrições para as vagas estão abertas até o próximo dia 19 e as eleições serão realizadas isoladamente, sendo uma por semana, nas segundas-feiras, respeitados os intervalos de final de ano e datas já reservadas para eventos.