Candidatos da terceira via podem brigar entre si, para alegria de Lula e Bolsonaro

Charge do Galvão – Construindo a terceira via

Charge do Galvão (Upiara Online)

Vicente Limongi Netto

Os autos falantes da terceira via informam, sob demorado foguetório, que agora são 11 os pré-candidatos à Presidência da República. Um time completo de arautos patriotas decididos a tirar o Brasil do atoleiro. A democracia saúda a colossal festança eleitoral.

No entanto, essa quantidade de laboriosos homens públicos não tira o sono da cansativa polarização entre Bolsonaro e Lula, cantada em prosa e verso pelo noticiário político. Pelo contrário, quanto mais fogosos políticos apareçam na rinha, um se achando melhor qualificado do que os outros, mais Bolsonaro e Lula são levados para perto do paraíso.

MORO ESTÁ CHEGANDO – O constante movimento das nuvens políticas, que Magalhães Pinto gostava de citar, indica que Sérgio Moro virá enriquecer o balaio da terceira via. Assim, até meados de 2022, Bolsonaro e Lula vão acompanhar de camarote os arranca-rabos entre os demais adversários.

Chutes na virilha soarão como carinhos. Enquanto o bom senso não for morar, de água e cuia, na cachola dos luminares da terceira via, consagrando apenas um nome para enfrentar Bolsonaro e Lula, tudo continuará como antes no quartel de Abrantes. É o scrip cortante do jogo que venho martelando, aqui na Tribuna da Internet, há meses.

PRÉVIAS PSDB – Enquanto isso, o candidato às prévias do PSDB, ex-prefeito de Manaus e ex-senador, Arthur Virgílio Neto encerrou sexta-feira o seu primeiro giro pelo Brasil em campanha pelas prévias do PSDB, que vão indicar, em novembro, o nome que deverá disputar a presidência do país.

Arthur Virgilio já percorreu estados das regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste e, em todos os seus encontros com lideranças e militâncias tucanas, fez ardorosa defesa da Amazônia e do uso sustentável de seus recursos naturais e lançou a campanha “Salve a Amazônia! Riqueza de todos os brasileiros”, chamando a atenção para os riscos de destruição da floresta, seus efeitos ambientais e políticos e, também, das inumeráveis oportunidades econômicas a partir da biodiversidade, capazes de transformar o Brasil em uma verdadeira potência econômica.

COMPRAR A IDEIA – “São muitas as razões para comprarmos essa ideia, empunhar essa bandeira e nos mobilizarmos em torno dessa campanha. A Amazônia é nossa e devemos cuidar, defender, para poder usufruir. É a última fronteira de desenvolvimento para o país, é o nosso cartão de boa conduta junto às comunidades internacionais, é a nossa possibilidade de legar um planeta habitável para a humanidade”, afirmou Arthur. Ele disse também que está feliz com a aceitação que vem obtendo.

“Estou feliz com a aceitação. Quando falo isso para as pessoas, elas vibram, ficam em êxtase. Essa campanha já pegou, vai dar certo”, garantiu.