O documento foi apresentado pela jovem e por outros 14 ativistas
Nesta segunda-feira (11), um painel da Organização das Nações Unidas (ONU) disse não poder se pronunciar de imediato sobre uma denúncia feita pela ativista sueca Greta Thunberg e por outros 14 jovens sobre a inércia de países em relação às mudanças climáticas. A entidade afirmou que, antes, o grupo deveria ter procurado reparação em tribunais nacionais.
A denúncia, que incluía o Brasil, foi apresentada em 2019 ao Comitê da Organização das Nações Unidas dos Direitos da Criança. No documento, eles denunciavam que a “inércia” violava o direito das crianças.
Além do Brasil, eram alvos da ação França, Turquia, Alemanha e Argentina. Nela, os ativistas afirmavam que esses países sabiam do risco de mudanças climáticas há décadas, mas que não agiram para conter as emissões de carbono.
Ao negar o pedido, o comitê composto por 18 especialistas independentes em direitos humanos disse ver “nexo causal suficiente” na denúncia, mas apontou que os casos deveriam ser levados a tribunais nacionais, acatando a defesa dos cinco países.
– Vocês tiveram sucesso em alguns aspectos, mas não em outros […] Esperamos que vocês ganhem força com os aspectos positivos desta decisão e que continuem a agir em seus próprios países e regiões e internacionalmente para lutar por justiça nas mudanças climáticas – informou o comitê aos jovens.