Homem é preso suspeito de estuprar a neta de 12 anos. Mais 6 vítimas denunciam abuso

Do G1 — O homem de 58 anos que foi preso por estuprar e engravidar a neta de 12 anos também é investigado por violência sexual contra cinco crianças. O número de vítimas foi atualizado nesta quarta-feira (21) pela Polícia Civil, que havia divulgado anteriormente que a adolescente e duas crianças tinham sido abusadas por ele.

Os crimes aconteceram no Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife. O homem, que não teve o nome divulgado, foi preso na cidade de Primavera, na Zona da Mata de Pernambuco.

“Pessoas da própria família estavam escondendo [o homem] em Primavera. [Ele não teve] nenhuma reação, ele veio tranquilo”, disse a delegada Socorro Veloso, que investiga o caso. O homem foi levado para o Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, no Grande Recife.

Ele foi preso por estupro de vulnerável, quando a vítima tem menos de 14 anos de idade, e violência doméstica/familiar. A pena prevista é de até 15 anos de prisão.

Delegada Socorro Veloso falou sobre a investigação do caso

“O inquérito está concluído e [o crime de estupro contra a neta] foi confirmado realmente. Ele foi interrogado e confirmou o fato. [A adolescente] já foi submetida a procedimento cirúrgico de retirada da criança”, contou a delegada.

De acordo com a delegada, todas as vítimas têm idade inferior a 12 anos e conheciam o homem preso, pois são filhas de mulheres com que ele se relacionou ou moram próximo a ele. A delegada explicou como era a abordagem do agressor com as vítimas.

“Sempre com aquele envolvimento do vovô, o contato do vovô, o vovô bonzinho. Era esse o formato. (…) [Ele tinha] contato frequente com as crianças. Ele convivia com as crianças. É possível sim [que as crianças tenham sido abusadas mais de uma vez]. A de 12 anos estava sendo abusada por ele desde os 10 anos”, disse.

Ainda segundo a delegada, o homem também vai responder na Justiça por ameaça, já que as famílias das vítimas relataram que foram ameaçadas de morte para não denunciar o caso à polícia.