Hidrogênio, a fonte de energia do futuro?

O hidrogênio é um elemento em abundância no mundo e está muito presente no nosso cotidiano, mas por que ele ainda não é usado como combustível?

Produzir energia a partir de hirogênio: uma ideia que não é nova, assim como a tecnologia usada no processo. No entanto, ainda existem muitas desvantagens na hora de produzir o hidrogênio cinza, o azul e o verde. Entenda mais na reportagem do Futurando.

A mudança no paradigma é justificada por vários estados e empresas que já iniciaram a transição. Por um lado, as alterações climáticas têm vindo a exigir o investimento em fontes de energia mais amigas do ambiente. Por outro, a escassez dos combustíveis fósseis tem motivado a procura por fontes energéticas mais rentáveis.

De acordo com a Agência Internacional das Energias Renováveis, o investimento neste tipo de energia pode gerar um retorno na ordem dos 300 a 800%. E, só em 2019, as energias renováveis representaram 72% de todos os novos projetos de produção energética.

Cerca de 90% desses projetos são relativos a energia solar e eólica. Mas a energia do futuro não se esgota aqui.

HIDROGÉNIO

O hidrogénio é visto como a grande promessa da energia do futuro. Poderá também afirmar-se como a principal alternativa para alcançar baixas emissões de CO2. Espera-se que se revele especialmente relevante para a redução das emissões em processos industriais e como substituto do gás natural.

Igualmente interessante é o facto de Portugal poder estar no centro desta “revolução” energética. Tudo por causa do projeto Flamingo Verde, um consórcio que envolve 15 empresas europeias, entre as quais a EDP e a Galp, que consiste em produzir hidrogénio verde a partir de Sines.

O hidrogénio promete ainda tornar-se fundamental na área dos transportes com investimentos significativos por parte de marcas como Hyundai, Honda e Toyota.

No setor do transporte de mercadorias, a Hyundai espera entregar 1600 caminhões movidos a hidrogénio até 2025 em países como a Suíça, onde já existem ou estão a crescer redes de infraestruturas de hidrogénio. É o caso de outros países europeus como a Noruega.

Além disso, os automóveis  movidos a hidrogénio podem tornar-se uma realidade muito em breve.

Estes dois cenários tornam expectável uma procura constante e crescente de hidrogénio. Convém lembrar, de resto, que o hidrogénio também pode ter outros destinos, como o abastecimento de navios, drones ou geradores de energia.