Euclides da Cunha, o Israelense é, antes de tudo, um Forte. Por Ilana Kreimer

Por Ilana Kreimer

Euclides da Cunha, em seu livro “Os Sertões”, disse: “O sertanejo é, antes de tudo, um forte”. Permita-me, Euclides, compartilhar do meu Sentimento hoje: “O Israelense é, antes de tudo, um Forte!”.

Esta foi uma noite longa para a minha Família, com 5 sirenes e 5 respectivas entradas no Bunker (no nosso caso, um dos Quartos da casa, construído todo de aço, com porta de aço e janelas hermeticamente fechadas…) – e isso porque vivemos no Centro do país, região historicamente menos castigada pelos mísseis do Hamas ao sul e daqueles da Hezbolah ao norte.

Foto: Israel Defense Army Em cada pontinho vermelho no Mapa, uma Sirene soou ontem à noite.

Na Televisão, imagens de Conflitos em Jerusalém bem como em Cidades denominadas “Mistas” onde Judeus e Árabes Vivem, Convivem, Coexistem – tocam no âmago do meu Ser. Um País Democrático – na opinião de muitos, o Único País Democrático no Oriente Médio – é atacado por um Grupo Terrorista que tem como Objetivo Declarado e Divulgado a sua Destruição, que lança mísseis contra sua População Civil e desrespeita a sua Soberania. Um País Judaico – sim, o Único no Mundo – que após 73 anos da sua Declaração de Independência ainda precisa Justificar e Convencer o Mundo sobre o seu Direito de Existir.

Não, não é um Conflito “Justo” – porque nenhum é! Não é uma Guerra entre Países e nem um Combate entre Exércitos. É uma Luta entre Valores: Santificar a Vida ou Santificar a Morte. Mísseis lançados contra População Civil versus Exército que avisa antes de explodir um edifício onde os Líderes Terroristas se encontram para evitar mortes de inocentes; Mísseis de Alta Tecnologia que cada vez têm um maior alcance e maior potência, chegando já desde o sul do país até Hertzelia versus Alta Tecnologia israelense transformada em “Domo de Ferro” que intercepta 90% dos mísseis lançados salvando inúmeras vidas do lado israelense (não quero nem imaginar o que seria se ao invés de caírem 10%, explodissem sobre nós 100% deles…).

Não Somos todos Iguais e nem Pensamos todos da mesma Forma – nem aqui e nem lá – mas não podemos nos Iludir e procurar “Razões” para esta Escalada na Violência. Elas não existem. São todas “Desculpas”, Ódio revestido de Justificativas, disfarçadas de Fé, que encontram Eco nos Corações e Mentes dos Radicais.

Sigo Acreditando e Concordando com Golda Meir quando disse em 1970: “Essa luta não é por um território ou algo concreto: eles se recusam a admitir nosso direito de existir”. O Terrorismo definitivamente não busca Paz e nem Soluções – o seu Objetivo é apenas a Destruição e implantação de uma Verdade Única, a deles.

Me pego tendo que explicar aos meus Filhos, com a Sirene como música de fundo, que não “os” Odiamos e que Continuamos Acreditando em todos aqueles Valores que acreditávamos há uma semana. Compartilho com vocês o quão Desafiador é seguir Tentando e Persistindo nas nossas Crenças e seguir Educando para a Construção desta Realidade que tanto almejamos.

Sinto que se Deixarmos de Acreditar neste Mundo Melhor, onde vivem Seres Humanos Melhores, que não Concordam entre si mas que Convivem em Paz, que não se Odeiam mas não precisam também se Amar – que apenas sejam Humanos que Vivem em Harmonia; Se Deixarmos de Acreditar – terá sido esta a Maior das Vitórias destes Terroristas. Hoje não está Fácil – mas Ter Esperança ainda é uma das minhas Formas de Resistência.