A oficial acusou repórter de agir de “forma maldosa” e de se aproveitar “da comoção nacional para colocar a população contra a Polícia Militar. O Globo e Extra repudiaram ataques da PM a jornalista.
Os dados da reportagem criticada pela PM constam de documento produzido pelo próprio batalhão da PM de Caxias. O jornalista, amparado em tais documentos, ouviu e registrou a versão da Polícia Militar sobre os números.
A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) também repudiou o vídeo. “Incitar a população contra o jornalista mostra não só falta de respeito à liberdade de imprensa, mas claro objetivo de intimidar o repórter. O governo do Rio (@claudiocastroRJ), cujo logotipo assina o vídeo, deve informar se concorda com esse tipo de recurso de ameaça à imprensa”, postou a entidade, no Twitter. O Palácio Guanabara não se manifestou sobre o caso.
Policiais do 15º BPM são investigados pelas mortes das meninas Emilly, de 4 anos; e Rebecca Santos, de 7, atingidas por um tiro de fuzil quando brincavam na porta de casa, na última sexta-feira, em Caxias. A PM nega que os cinco policiais que estavam de plantão no dia do crime tenham feito disparos, mas os fuzis e as pistolas que eles usavam foram apreendidos e enviados para perícia. Parentes das meninas afirmam que o tiro que as matou foi disparado por um policial militar. Um projétil encontrado no corpo de umas vítimas pode ajudar a esclarecer de que arma partiu a bala.