LavaJato: adeus às ilusões. Por Jose Adalbertovsky Ribeiro

Por Jose Adalbertovsky Ribeiro

MONTANHAS DA JAQUEIRA – Quem procura, acha. O procurador, lugar-tenente do capitão, encontrou uma vacina para acabar com a corrupção no Brazil: acabar com a LavaJato. Está sendo comida pelas beiras, feito mingau. O capitão falou que a corrupção foi erradicada. Não restou sequer um mosquito transmissor da corrupção, nem uma bactéria hospedeira da epidemia de roubalheira. E quem não concordar, araruta, araruta! Aras-ruta! Aras-ruta!

Adeus às ilusões! Tudo já passou, morreu. Guardo na lembrança o amor … ” das promessas de campanha.

Um dos grandes goelas do Brazil, tamanho GG-Br, pol´tocp senador da “terra dos marechais” e não por acaso réu no STF, declarou que o grande legado do capitão será o desmonte da operação LavaJato e do “estado policialesco”. O “estado policialesco”, entenda-se, é a apuração dos casos de corrupção e a possibilidade de punição dos corruptos. Também não por acaso o grande goela revelou alegria-alegria com o trabalho do procurador, lugar-tenente do capitão.

A indicação do afiliado do Centrão para a corte dos demiurgos,  entidade intermediária entre o céu e a terra, veio para dobrar os encantos da torcida organizada do desmonte LavaJato. De saída o cara não abre o coração, naturalmente, para não espantar a boiada. Concretiza-se, de degrau em degrau, o sonho de consumo da mundiça da seita vermelha desde os tempos do juiz Sérgio Moro.

Os vermelhos aplaudem em silêncio e a seita vermelha corrupta se enamora da seita furta-cor. O mito do bode rouco e o mito do capitão agora são duas seitas, de potência a potência. Seguem os ditames da teoria da ferradura, de que os extremos se aproximam.

Faz parte do chamado garantismo, a impunidade que não ousa dizer o próprio nome. Eles proclamam até a existência de cláusulas de pedra da Constituição que garantem os “direitos fundamentais” dos corruptos de serem proclamados inocentes até a sentença de papel passado no Dia do Juízo Final. O trânsito em julgado só existe na linha do horizonte ou se o freguês for um larápio de galináceos.

Em nome do tal garantismo, quantas patifarias são cometidas!

O capitão cumpriu a missão heroica de derrotar nas urnas a seita vermelha corrupta. Seja sempre lembrado que a vitória da esquerda radical levaria o Brazil aos descaminhos de uma Venezuela. A partir de agora, são outros quinhentos.

O combate ao vírus da corrupção foi uma máscara de campanha. As máscaras estão sendo descartadas.

NUTELA  — Com 1 % das preferências eleitorais nas pesquisas, o tenente-coronel Alberto Feitosa, candidato do PSC, desfila em jipe de combate do Exército ao som de trombetas de guerra. Ex agregado de Carlos Wilson e de Inocêncio Oliveira, o mutante Feitosa hoje é bolsonarista nutela. Na vera, está em campanha antecipada para reeleição de deputado, movido pelas verbas indenizatórias milionárias da Assembleia.