Defesa de Witzel recorre de decisão que rejeitou pedido para volta ao cargo

Os advogados de Witzel querem uma reconsideração da decisão de Fachin ou que o tema seja decidido pelos ministros de forma colegiada. O recurso foi apresentado na última quinta-feira (1º), no âmbito da ação apresentada em 14 de setembro.

No documento, a defesa volta a questionar o afastamento, determinado pelo relator da investigação contra Witzel no Superior Tribunal de Justiça, ministro Benedito Gonçalves, e referendado pela Corte do Superior Tribunal de Justiça no começo de setembro.

Os advogados alegam que Witzel não teve direito ao “contraditório” com relação ao afastamento. Ou seja, alegam que o governador não pode apresentar sua defesa antes que a decisão fosse tomada.

“Há, portanto, inequívoca ilegalidade da decisão que determinou o afastamento do governador, legitimamente eleito nas urnas por conta, no mínimo, da sonegação do contraditório”, afirmaram os advogados no pedido. “Daí a necessária concessão de medida liminar para suspender os efeitos do ato coator e, no mérito, a concessão da ordem para cassar o ato”, completaram

Tribunal misto faz primeira sessão do processo de impeachment de Wilson Witzel

Tribunal misto faz primeira sessão do processo de impeachment de Wilson Witzel

Witzel está afastado do cargo desde o dia 28 de agosto. O ministro Benedito Gonçalves justificou que a decisão era necessária para frear a suposta liderança do governador sobre a organização criminosa que promoveu desvios de recursos da saúde no estado e também os impactos da “engenharia criminosa” nos cofres públicos do Rio de Janeiro.

Paralelamente, Witzel enfrenta um processo de impeachment na Assembleia Legislativa.