A Nova Lusitânia prorroga o vírus. Por José Adalbertovsky Ribeiro

comentarista Por José Adalbertovsky Ribeiro – Jornalista e escritor

MONTANHAS DA JAQUEIRA – O curandeiro da da Nova Lusitânia prorrogou o vírus por mais seis meses. Quais ciências justificam? São ciências esotéricas, pra lá de Marrakesh. Será uma eternidade. Se o vírus existe, tudo é permitido. Liberou geral. Cessem as licitações. Seja cessada a lei de responsabilidade fiscal.

E a curva? Como vai a curva? A curva sou eu, proclama o curandeiro geral da Nova Lusitânia.

Enquanto houver estado de calamidade púbica, enquanto houver curva, enquanto houver pânico, enquanto houver medo, haverá contratos milionários sem licitação.

A banda Titãs cantou a cantiga:

“Enquanto houver sol, ainda haverá. Quando não houver esperança/ quando não restar nem ilusão/ ainda há de haver esperança/ em cada um de nós/ algo de uma criança”.

Amanhã será outro dia. Quando não houver sonho de recursos da União, quando cessaram as transferências federais, quando houver desespero, haverá mais recessão, mais desemprego, mais pânico, mais pandemias de várias outras doenças.

Quando não houver esperança, a curva das assombrações sem licitação será sempre ascendente nesta cidade lendária.

A deputada Priscila Krause detectou um pacote de 670 milhões de denários mal-assombrado sem licitação. Os legionários da Polícia Federal estão de olho nos goelas. Salve, Priscila! Salve, Mendonça!

As eleições estão nas nuvens e estão na tela. Sabemos quem são os preferidos do bode rouco, por adoção e afinidades. O garoto e a garota do cordão encarnado invocam o nome de Arraes, o mito dos pigarros. Os dois infantes nunca administraram sequer um carrinho de pipoca, mas se sentem no direito de administrar esta cidade maurícia por hereditariedade nesta Capitania. Eles não dizem uma vírgula sobre as operações da Polícia Federal em cima dos escândalos do Covidão.

A vitória de um dos infantes seria um presente do dia das crianças, do dia das mães, do dia do vovô.

Ó arrecifes dos altos coqueiros, das altas conchamblanças e das lendárias operações da Polícia Federal!

O tenente-coronel Alberto Feitosa tenta associar sua imagem a  Bolsonaro, mas na verdade o presidente da República não manifestou apoio a nenhum candidato no Recife. Mesmo sendo um cara esforçado, Feitosa não decolou ao ponto de conquistar o apoio do capitão. Está na vitrine para oxigenar o nome de olho nas eleições de 2022. Candidatos olímpicos seguem o lema de que o importante é competir, não vencer.

Á MODA ARISTOTÉLICA  – Parodiando meu colega o filósofo grego Aristóteles, conhecido em nossa patota como O Big Ari, digo eu que o Homo Sapiens é um animal espiritual. – Este é um dos motes do meu novo livro que tá na agulha. No +., falo de vírus, bactérias, protozoários, dinossauros, a mundiça microscópica em geral.