O grande livro ‘Guerra e Paz’, Leon Tolstoi

É considerado um dos maiores escritores de todos os tempos. Além de sua fama como escritor, Tolstoi ficou famoso por tornar-se, na velhice, um pacifista, cujos textos e ideias batiam de frente com as igrejas e governos, pregando uma vida simples e em proximidade à natureza.

Junto a Fiódor Dostoiévski, Gorki e Tchecov, Tolstói foi um dos grandes da literatura russa do século XIX. Suas obras mais famosas são Guerra e Paz, sobre as campanhas de Napoleão na Rússia, e Anna Karenina, onde denuncia o ambiente hipócrita da época e realiza um dos retratos femininos mais profundos e sugestivos da Literatura.

Morreu aos 82 anos, de pneumonia, durante uma fuga de sua casa, buscando viver uma vida simples.

O romance foi publicado em partes na revista Mensageiro Russo entre 1865 e 1869. Ele alterna de maneira precisa a História – tendo como protagonistas Napoleão, o tsar Alexandre I e o general Kutuzov no período da campanha napoleônica contra a Rússia entre 1805 e 1812 – e o enredo ficcional, cujo fio condutor são a vida, as misérias e os amores de duas grandes famílias aristocratas, os Rostov e os Bolkonski, por sua vez protagonistas de um mundo em plena decadência.

   “Na vida de cada homem existem duas faces: a vida pessoal, que é tanto mais livre quanto mais abstratos forem seus interesses, e a vida geral, social, na qual o homem obedece, inevitavelmente, as leis que lhe são prescritas. Por si próprio, o homem vive conscientemente, mas serve de instrumento inconsciente às finalidades históricas da humanidade. O ato praticado é irreparável e sua importância histórica está em concordar, no tempo, com milhões de atos praticados por outros homens. Quanto mais o homem se elevar na escala social, quanto mais próximo estiver dos homens superiores, quanto maior for sua influência sobre os outros, mais evidente será a predestinação e a fatalidade de cada um de seus atos.”

Tolstoi é a guerra do amor que o tambor do coração da literatura tanto precisara.