Lembrando a grosseria de Leonel Brizola com uma jornalista que o abordou sobre uma “fake news”

Charge do Chico Caruso, no dia da morte de Brizola

José Carlos Werneck

A propósito da matéria de José Roberto Guzzo, “Presidente e jornalistas não estão indo a lugar nenhum com essa guerra tóxica e rancorosa”, publicada no jornal “o Estado de São Paulo” e reproduzida na “Tribuna da Internet”, cabe lembrar que essa coisa de político ofender jornalistas é uma prática antiga.

Quem não se lembra do episódio que ficou famoso, sobre a saída do ex-governador e então deputado federal Leonel Brizola do território brasileiro rumo ao exílio no Uruguai é um dos mais obscuros capítulos da história do movimento militar de 1964.

FAKE NEWS – Adversários de Brizola trataram de espalhar aversão de que ele saíra do território brasileiro vestido de mulher. Brizola deu demonstrações públicas de que este é um assunto que não o agradava nem um pouco.

Quando uma repórter o abordou durante a campanha presidencial de 1989, para saber se era verdade que ele tinha saído do Brasil vestido de mulher, Brizola reagiu, agressivo, e disse que tinha usado as calcinhas da autora como disfarce.

A frase de Brizola pode ter rendido bons títulos nos jornais, mas não acrescentou nada à história de 1964.

O relato completo é contada por Herbert de Souza, o Betinho, na página do jornalista Geneton Moraes Neto na Internet (geneton.com.br) sob o título: “depoimento completo: Herbert de Souza, o Betinho, faz viagem clandestina a Cuba para devolver dólares que Fidel Castro tinha mandado ao Brasil para financiar a guerrilha!”, publicada em 10 de dezembro de 2008.

Como se vê, a história se repete. Só mudam os personagens.