Prefeito Geraldo Júlio tenta enganar o povo  sem limite. Por Flávio Chaves

 

Por Flávio Chaves – jornalista,escritor,poeta e membro da Academia Pernambucana de Letras. Foi Delegado Federal/MINC

A atitude do prefeito Geraldo Júlio de tentar enganar o povo  não tem limite. Depois de 8 anos, ele resolve estampar na mídia ,que irá fazer um residencial no Pina.Claro, a eleição está chegando e esse projeto não passa de uma propaganda política antecipada. Ele pensa,cegamente, de que o povo vai achar que com essa sua atitude mirabolante, todos irão acreditar  na realidade dessa obra.Lógico que não.

O Recife carece de Espaços Públicos. Essa área deveria ser  para se tornar um parque de eventos, algo que não existe em recife. Onde os eventos são realizados em estacionamentos e galpões alugados pelas produtoras.O terreno do Aeroclube tem uma clara vocação para eventos e área verde semelhante ao Ibirapuera, em São Paulo.
O prefeito Geraldo Júlio não tem o mínimo de amor pelo Recife. Ele age de forma sórdida, em busca dos seus interesses políticos.Só pensa em si e não na comunidade. O mesmo se dá com o governador Paulo Câmara que governa para ele e seus asseclas. Por isso tudo, Pernambuco e o Recife, pagam um preço muito caro. O tempo-futuro mostrará o alto valor dessa fatura imensurável.
A dupla que administra o estado e a capital, demonstra,claramente, não ter nenhuma experiencia, conhecimento e compromisso, de buscar entender e saber sobre a tradição histórica e cultural de Pernambuco e do Recife.São figuras vindas de outro universo sem nenhuma vocação, para entender e preservar o rico patrimônio que tanto orgulha o povo pernambucano e recifense. Defender as tradições é preciso,mas eles não se preocupam com isso.
Como mostra do descaso bastam dois exemplos: a reforma do Teatro do Parque, que não acaba nunca e não se devolve à sociedade e o Ginásio de Esportes Geraldo Magalhães (Geraldão).

Ao final do  mandato Geraldo Júlio deixa o Recife sem voz e sem vida, respira através de sopros de bacurinhos.

Para que a história da cidade possa ser contada de forma diferente. Essa época impõe a todos entender que é de suma importância , observar que se vive um calendário político, que dependendo da decisão e seriedade com que será tratado a escolha daquele que redesenhará o destino do Recife.  Escolher com responsabilidade aquele que se comprometer de verdade, com a cultura e a educação, é o melhor caminho.

A verdade de hoje é que a cultura não existe em nenhum dos lados. Os seu agentes que, devem uma resposta ao cargo para qual foram indicados, silenciam, calam e não agem. Não se vê hoje uma política cultural plausível e existente. Recife é uma cidade com muitos cenários históricos e atores e atrizes; artistas, escritores e poetas, verdadeiros talentos de renome nacional. Mas acidade permanece calada,poluída,séria e sem espetáculo.

Aqui não se propõe apenas a questão do Parque do Aeroclube no Pina, mas o direito à memória, a paisagem, as referências, a identidade. O pernambucano e o recifense querem o direito de contar e cantar com orgulho a sua memória e história.

E como nos disse o poeta Joaquim Cardozo:

“Recife,
Ao clamor desta hora noturna e mágica
Vejo-te morto, mutilado, grande,
Pregado à cruz das grandes avenidas

Joaquim Cardozo

Não há coletividade sem cultura. Não há estado sem memória.