Por Flávio Chaves – jornalista,escritor,poeta e membro da Academia Pernambucana de Letras. Foi Delegado Federal/MINC
A atitude do prefeito Geraldo Júlio de tentar enganar o povo não tem limite. Depois de 8 anos, ele resolve estampar na mídia ,que irá fazer um residencial no Pina.Claro, a eleição está chegando e esse projeto não passa de uma propaganda política antecipada. Ele pensa,cegamente, de que o povo vai achar que com essa sua atitude mirabolante, todos irão acreditar na realidade dessa obra.Lógico que não.
Ao final do mandato Geraldo Júlio deixa o Recife sem voz e sem vida, respira através de sopros de bacurinhos.
Para que a história da cidade possa ser contada de forma diferente. Essa época impõe a todos entender que é de suma importância , observar que se vive um calendário político, que dependendo da decisão e seriedade com que será tratado a escolha daquele que redesenhará o destino do Recife. Escolher com responsabilidade aquele que se comprometer de verdade, com a cultura e a educação, é o melhor caminho.
A verdade de hoje é que a cultura não existe em nenhum dos lados. Os seu agentes que, devem uma resposta ao cargo para qual foram indicados, silenciam, calam e não agem. Não se vê hoje uma política cultural plausível e existente. Recife é uma cidade com muitos cenários históricos e atores e atrizes; artistas, escritores e poetas, verdadeiros talentos de renome nacional. Mas acidade permanece calada,poluída,séria e sem espetáculo.
Aqui não se propõe apenas a questão do Parque do Aeroclube no Pina, mas o direito à memória, a paisagem, as referências, a identidade. O pernambucano e o recifense querem o direito de contar e cantar com orgulho a sua memória e história.
E como nos disse o poeta Joaquim Cardozo:
“Recife,
Ao clamor desta hora noturna e mágica
Vejo-te morto, mutilado, grande,
Pregado à cruz das grandes avenidas
”
Joaquim Cardozo
Não há coletividade sem cultura. Não há estado sem memória.