Prefeitozinho dá carteirada no presidente da República. Por José Adalbertovsky Ribeiro

comentarista  Por  Jose Adalberto Ribeiro  – Jornalista e escritor

MONTANHAS DA JAQUEIRA – Reza um primado das civilizações: as nações se unem diante das guerras e das ameaças externas. Assim acontece desde os tempos dos gregos e dos troianos. Falso. O Brazil está em guerra consigo mesmo. Os radicais vermelhos dizem: Força, vírus!

Rogaram praga de urubu para o presidente adoecer. Quando ele contou que foi pego pelo vírus, falaram “ai que mentira que lorota boa”, que era propaganda da Cloroquina.

Surgiu uma bendita curva, ou malsinada curva. Se a curva esmorece, o mérito é dos governadores e prefeitos. Se a curva arremete, a culpa é do capitão. E toca a guitarra das compras milionárias sem licitação, pois se a epidemia existe tudo é permitido.

Governadores e prefeitos municipais mandam mais que o presidente da República em matéria de epidemia, por decisão da Justiça. Um prefeitozinho pode dar uma carteirada, tipo: “Presidentezinho da República, você sabe com quem está falando?! Recolha-se à sua insignificância! Se reclamar eu mando um guarda municipal enquadrar você”.  E o capitão terá que baixar a crista.

Alvíssaras! Nesta Nova Lusitânia o governador e o prefeito entenderam, depois de cinco meses de sofrimento, desde março, que o Oceano Atlântico é pacífico e resolveram liberar as praias e os parques. Os banhistas agora estão livres para serem devorados pelos tubarões, menos mal que serem devorados pelo vírus.

A palavra genocida é uma das mais infamantes da língua portuguesa. Refere-se a criminosos de guerra, a quem promove o extermínio de povos e nações. Está sendo usada pela esquerda ortodoxa e seus devotos contra o presidente de modo leviano e banal.

Não se trata apenas de banalizar as palavras, é desonestidade intelectual de caso pensado. Recomendar o remédio Cloroquina em busca da cura seria crime contra a humanidade?

Se o colunista Hélio da Foice de S. Paulo tem o direito de proclamar a morte do presidente da República em nome do “ódio do bem”, significa que liberou geral, tudo é permitido. Adelio Bispo adorou o artigo de Hélio e tudo indica que será contratado como articulista da Foice, quiçá da Globonews. Vai dar o maior ibope.

Uma colunista pig de O Globo todo dia demite os ministros da Saúde e do Meio Ambiente. Falta apenas publicar no Diário Oficial. Isto é incrível, assim entende a mídia tendenciosa, o presidente da República continuar com a prerrogativa de nomear e demitir ministros, ao invés de ser esta uma atribuição do apresentador do Jornal Nacional e do editor da Folha de S. Paulo.

A inversão de valores faz parte da onda do “duplipensar” politicamente correto.