Justiça prorroga prisão de empresários ligados ao MBL

Alessander Mônaco Ferreira e Carlos Augusto de Moraes Afonso ficarão detidos por mais 5 dias

Justiça prorrogou a prisão de empresários ligados ao MBL Foto: Reprodução

Por decisão da Justiça de São Paulo, a prisão preventiva de dois empresários ligados ao Movimento Brasil Livre (MBL) foram prorrogadas por mais cinco dias. Alessander Mônaco Ferreira e Carlos Augusto de Moraes Afonso, conhecido como Luciano Ayan, foram presos na sexta-feira (10) durante uma operação do Ministério Público de São Paulo que trata de sonegação fiscal de mais de R$ 400 milhões e uma suposta lavagem de dinheiro.

A ação foi realizada em parceria com a Receita Federal e com a Polícia Civil. De acordo com o MP, “a família Ferreira dos Santos, criadora do MBL, adquiriu/criou duas dezenas de empresas — que hoje se encontram todas — inoperantes e, somente em relação ao Fisco Federal, devem tributos, já inscritos em dívida ativa da União, cujos montantes atingem cerca de R$ 400 milhões”.

OPERAÇÃO JUNO MONETA
O Ministério Público de São Paulo apontou que as investigações que desencadearam a Operação Juno Moneta, deflagrada no dia 10, detectaram que a família Ferreira dos Santos, criadora do grupo Movimento Brasil Livre (MBL), deve cerca de R$ 400 milhões ao Fisco Federal.

Dois empresários que, de acordo com o MP, tem ligação estreita com o grupo, foram alvos de mandados de prisão acusados de lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio. O MBL negou, no entanto, que os dois façam parte do grupo.

De acordo com os procuradores, a família investigada é a mesma de Renan dos Santos, que se tornou popular após organizar e participar de vários protestos contra a ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Segundo o MP, o núcleo familiar adquiriu “duas dezenas de empresas” que hoje se encontram “todas inoperantes”.

Alessander Monaco Ferreira foi acusado de movimentação financeira extraordinária e criação de duas empresas de fachada, e Carlos Augusto de Moraes Afonso, conhecido como Luciano Ayan, de que teria fundado ao menos quatro empresas de fachada, além de ser apontado por disseminar notícias falsas e ameaçar aqueles que questionavam as finanças do MBL.

Durante a operação, realizada em conjunto pela Polícia Civil de São Paulo, Ministério Público do estado e a Receita Federal, os agentes apreenderam diversos itens eletrônicos como celulares, computadores, HDs e pendrives; documentos impressos e dinheiro.