Por Flávio Chaves – Jornalista, escritor e membro da Academia Pernambucana de Letras. Foi Delegado Federal/Minc
Aonde é que vamos chegar?
Isso está doendo muito em mim. Eu não estou suportando mais a nossa indiferença. Temos que reagir. Eles querem nos matar. ‘E a gora José? A festa acabou’.
O nome de nossa vida se chama incerteza. O ritmo que nos impõe é a inércia. E nós vamos ficar aqui, parados, assistindo esse jogo?
É preciso reagir e agir porque quando olharmos para a mesa, pão não há mais.
Eu vou usar o meu coração e vou descobrir uma forma de como vencer essa batalha, pois os inimigos de nossos sonhos estão nos obrigando a ficar estagnados.
Eu vou armado de esperança. Vou vencer com a minha dança. Que esses medíocres não sabem como dançar.
Eu sei aonde o fogo mora.Vou ensinar meu coração e lançá-lo como flecha no alvo da razão.
Eu sou um homem feito de sonho e coragem.Tenho o sonho feito tigre em fúria. Vou vencer essa batalha e mostrar quem tem razão.
Vou sair agora, porque conheço o sim, sem medo do não. Meu povo tem fome. Vou mostrar onde tem o pão.
Vou sair agora, porque o amanhã não existe não.
Deixo aqui o basta de sede frente ao vinho; o basta de fome frente o pão.Com sangue elabora-se uma carta. Com um punhal de murmúrios se conquista uma nação.
Com a matéria prima em brasa espremo a máquina que registra o ponto.
Com as horas da liberdade destruo a muralha que impede a canção.