Fachin pressiona PGR a continuar investigações sobre Rodrigo Maia

Rodrigo Maia é alvo de investigação no STF 

Oeste revelou, na semana passada, que apurações contra o presidente da Câmara estão paradas há oito meses

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin enviou, na segunda-feira, 11, ofício ao procurador-geral da República, Augusto Aras, cobrando uma manifestação do órgão sobre o arquivamento ou oferecimento de denúncia contra o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), relacionada à Operação Lava Jato.

O ofício foi encaminhado 4 dias após Oeste ter revelado que uma investigação contra Maia, em que ele é suspeito de receber pagamentos da ordem R$ 1,5 milhão por meio do setor de operações estruturadas da Odebrecht, está parada desde setembro do ano passado, esperando por uma definição da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Em 5 de setembro do ano passado, Fachin deu prazo de 15 dias para que a PGR se manifestasse sobre o arquivamento ou oferecimento de denúncia. Desde então, a PGR ainda não decidiu qual será o próximo passo em relação ao processo contra Maia.

INVESTIGAÇÃO: O ataque do Covidão

Relatório da Polícia Federal anexado em inquérito que tramita contra o presidente da Câmara, apontou que nos sistemas de comunicação e contabilidade da Odebrecht foram registrados pagamentos para codinomes associados à Rodrigo Maia e ao pai dele, o ex-prefeito do Rio de Janeiro e vereador César Maia (DEM). A investigação foi instaurada em abril de 2017 e apura supostos pagamento de propina ao presidente da Câmara. Conforme o relatório da PF, os sistemas da empreiteira registrados pagamentos da ordem de R$ 608,1 mil para “Botafogo”, R$ 300 mil para “Inca” e R$ 550 mil para “Despota”.

Por Wilson Lima

Revista Oeste