Nas eleições de 2022, quem será o maior candidato de oposição a Jair Bolsonaro?

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Charge do Newton Silva (newtonsilva.com)

Pedro do Coutto

Igor Gielow, em reportagem publicada na edição de domingo na Folha de São Paulo, coloca em destaque a sensação que hoje está envolvendo os apoiadores de uma candidatura de Luciano Huck. O apresentador está menos animado na tentativa de se candidatar ao Palácio do Planalto nas eleições de 2022, sucessão do presidente Bolsonaro que já anunciou que seu objetivo será disputar a reeleição.

Dessa forma as candidaturas que surgirem somente poderão ocupar os espaços abertos para oposição, uma vez que não há nenhuma possibilidade de alguém afirmar-se candidato do governo e partir para as urnas tentando conquistar o voto dos bolsonaristas. Inclusive estes ocupam uma faixa percentual expressiva do eleitorado.

UM TERÇO DOS VOTOS – Por mais que tenha perdido percentuais de apoio, o presidente da República conserva o que hoje presumo ser de 1/3 dos votantes de amanhã. Isso significa que estará com certeza no segundo turno.

Dificilmente Luciano Huck poderia, no primeiro turno, lutar por esse espaço destinado sobretudo ao pensamento mais conservador do que reformista no plano social.

Colocado o tema, os possíveis candidatos dispostos a ir às urnas contra Jair Bolsonaro deverão participar das eleições municipais de outubro deste ano. Não só para colocarem suas imagens na mídia, como também para expressarem suas ideias e concordâncias ou discordâncias em relação a administração do país.

APENAS UM OPOSITOR – Problemas não faltam. Mas em 2022 somente um candidato que se opuser a Bolsonaro poderá ir com ele ao segundo turno. Claro, se houver segundo turno.

A sucessão presidencial, embora relativamente distante já produz disposições e alternativas por parte daqueles que se julgam possuírem as condições mínimas na ideia de disputar o pleito.

Há muitos partidos no país, mais de 30, porém são poucos os que vão dispor de tempo nos horários gratuitos da televisão.  E também não são muitos os que têm recursos suficientes para travar o debate nas redes sociais da internet. O pleito de 2018 caracterizou de forma bastante nítida a importância da comunicação pelas redes sociais.

NAS REDES SOCIAIS – Os que nela navegam verificam cada vez mais sua importância em campanhas políticas, a meu ver em face do possível diálogo entre os eleitores e os candidatos de sua preferência. Esse diálogo pode ser realizado através dos famosos robôs, porém deixam a sensação de uma proximidade entre o votante e o nome de sua preferência.

Em outubro deste ano os candidatos a 2022 deverão formar alianças na tentativa de reunir forças para daqui a mais de quatro anos. Este é o panorama de hoje, sem qualquer exercício de futurologia. Mesmo porque futurologia não funciona nas previsões políticas. Os fatos através da história confirmam essa verdade.