Cientista diz que coronavírus tem dificuldade de se propagar no clima quente

Especialista em biossegurança e professor titular de virologia do Instituto de Ciências Biomédicas da USP, Edison Durigon afirma que o corona é um vírus “tipicamente de clima frio” e, portanto, sensível á radiação do sol.

Especialista em biossegurança e professor titular de virologia do Instituto de Ciências Biomédicas da USP, o cientista Edison Durigon afirma que o corona é um vírus “tipicamente de clima frio” e avalia que o clima quente e solar dificultam a sua propagação. A avaliação do médico foi extraída de uma entrevista publicada pela mídia digital Nexo.

Vejam a pergunta e a resposta de Edison Urano:

Qual o risco de uma epidemia no Brasil?
Edison Durigon – É uma pergunta difícil, mas esse vírus é tipicamente de clima frio. Ele transmite rapidamente em clima frio. A gente sabe disso porque, em 2003, houve uma epidemia de Sars (Síndrome Respiratória Aguda Grave) causada por um outro coronavírus, também vindo da China, na mesma época do ano, e causou uma pneumonia bastante grave, uma mortalidade maior do que essa. A taxa de infecção era menor, mas a mortalidade era mais alta, e morriam indivíduos jovens. Isso se espalhou por países frios, para quem estava no inverno, nos Estados Unidos e na Europa. Chegou à Austrália porque eles têm um contato muito próximo com a China. Mas nunca chegou ao Brasil, à América do Sul ou à África, por exemplo. Por quê? Nós estamos no verão nessa época. Esse vírus não se propaga bem em clima quente. Agora, aconteceu a mesma coisa. Começou na China, no inverno, está se espalhando em países que estão no inverno. Talvez a gente tenha um caso ou outro aqui, importado. O indivíduo que veio da China ou de algum país em que se infectou, vai ser tratado aqui, internado aqui. Mas acho que o risco de uma epidemia acontecer aqui, agora, ainda é baixa, por conta do clima. A transmissão desse vírus em clima quente não é boa, e também há a radiação do sol. Ele é muito sensível à luz ultravioleta.

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