Paulo e Geraudo, ser poste na vida. Por José Adalbertovsky Ribeiro

comentarista Por José Adalbertovsky Ribeiro – Jornalista e escritor

MONTANHAS DA JAQUEIRA – Quem inventou o poste? Einstein? Pedrálvares? O Energúmeno vermelho? X-Men? Mistério do além.

Postes de carne e osso, tripas e coração são criaturas humanas, demasiadamente humanas. Ou por vezes são criaturas desumanas, demasiadamente desumanas.

A mulher que estocava ventos era um poste em forma de tempestade. Devastou o Brazil. Era um poste vermelho incompetente, demasiadamente incompetente. Veio das cavernas, tipo o poste de Neandertal. Adeus!

O inefável Paulo Câmara, governador, nome de pia Paulo Henrique Saraiva Câmara, é um poste-raiz plantado por seu tutor Eduardo Campos nos jardins do Palácio dos Campos, dos Príncipes e das Princesas. Veio das sementeiras do Tribunal de Contas do Estado.

Refinaria Abreu e Lima em Suape, ah desilusão! O canteiro de obras virou canteiro de superfaturamentos, corrupção e desemprego. Sem novas encomendas, o Estaleiro Atlântico Sul encerrou atividades em agosto do ano passado.

Que tal, vamos jogar uma pelada na Arena de São Lourenço da Mata?! O legado da Copa do Mundo e seu entorno causam vergonha e prejuízos de mega milhões a Pernambuco. Depois de sete anos e investimentos de 400 milhões, o sistema BRT (trânsito rápido de busão) metropolitano virou sucata. Nada se cria, nada de perde, tudo se transforma, essa grana enriqueceu muitos vivaldinos.

Geraudo Julho foi proclamado poste-raiz municipal nesta cidade lendária. Ele deu pulinhos de alegria. Ôba-ôba! Eu serei um poste lendário, disse. Mas, acabou o recreio.

E agora, Paulão? E agora, Geraudo?

Seu Paulo fez dinâmica de grupo para exorbitar na cobrança de ICMS, encarecer produtos e serviços em Pernambuco. Geraudo aplicou todas as ciências para incrementar a indústria de multas de trânsito da CTTU. Os sócios dos radares da Prefeitura estão adorando.

Sonhar não paga ICMS nem multa de trânsito. De olho nas urnas, Geraudo está tresvariando, fala em inaugurar 1.500 obras. Cada multa será uma obra. Menos, Geraudo. Basta umazinha, duazinhas, as reformas do Ginásio Geraudão e do Teatro do Parque, depois de milhões de vezes adiadas. Neste capítulo ele está sendo movido pela dinâmica da inércia.

Geraudo mantém conexão com o Palácio dos Campos, dos Príncipes e das Princesas através de cabos e soldados de fibras ópticas.

Os cabos e soldados geraudinos de fibra óptica acompanham os movimentos vermelhos e infravermelhos de Paulo Câmera e dão o serviço para Geraudo. O sonho de Geraudo é receber de presente uma capitania hereditária. Te liga, Paulão!

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