Escolha de Regina Duarte para Cultura é um aceno à Rede Globo. Ricardo Noblat

– Blog do Noblat | Veja
Conversas de bastidores
Ao convidar a atriz Regina Duarte para secretária ou ministra da Cultura do seu governo, o presidente Jair Bolsonaro levou em conta o conselho de vários dos seus ministros de que é preciso que ele busque uma maneira de estabelecer uma relação menos conflituosa com a Rede Globo de Televisão, a quem tem tratado tão mal.
No final do ano passado, para surpresa do comando da emissora, um dos seus diretores foi convidado para uma conversa com o ministro da Educação Abraham Weintraub. Ouviu do ministro que até exércitos em guerra muitas vezes concordam em suspender os combates para o recolhimento dos seus mortos e feridos.
Este ano, o mesmo diretor foi chamado para um encontro sigiloso com Bolsonaro, o primeiro desde que o atual governo tomou posse. Embora fora da tela há algum tempo, Regina faz parte do elenco fixo da Globo. Seu nome foi bem recebido por parte da classe artística do Rio. O que por enquanto não quer dizer que ela aceitará o convite.
A atriz é estreitamente ligada aos tucanos paulistas. Não dirá sim ou não a Bolsonaro sem antes consultar o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso – se é que ainda não o fez. Sua decisão ficou para hoje. Bolsonaro já tem outro nome para o cargo caso ela o recuse.
Sem pressa, por medo de derrota
Aliança para depois
O menos interessado na formação imediata do partido Aliança pelo Brasil é o presidente Jair Bolsonaro. Ele teme que seu partido, e o dos seus filhos, montado assim às pressas, acabe tendo um desempenho pífio nas eleições municipais de outubro próximo.
Bolsonaro prefere testar as chances do Aliança só nas eleições gerais de 2022 quando imagina que a avaliação positiva do seu governo estará em alta. Este ano, se limitará a apoiar poucos candidatos de outros partidos com os quais tenha afinidade ideológica.

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