A voz forte de Augusto Heleno, como ordem de comando, bloqueia a extrema-direita

Ao se manifestar, Augusto Heleno colocou as coisas no lugar

Por Pedro do Coutto

O pronunciamento do general Augusto Heleno, sem dúvida uma figura das mais próximas do presidente Jair Bolsonaro, constituiu a reação mais importante dentro do governo para condenar a tentativa de ressurreição das ideias de Goebbels que tanto abalaram o Planalto, incluindo protestos de todas as direções, inclusive do exterior, contra o evidente plágio de discurso do ministro da propaganda de Hitler. Impressionante, digo eu, que 75 anos após o desmoronamento do nazismo alemão, suas ideias possam ser adotadas nos dias de hoje.

Não se deve confundir ideias conservadoras, peculiares da direita, com as práticas imundas adotadas pelo III Reich. A esse propósito vale lembrar que o conservadorismo não pode ser traduzido como algo da cultura nazista.

EXEMPLO INGLÊS – Assim não fosse, a Monarquia inglesa poderia ter tintas de um radicalismo que, absurdamente, tenta resistir à passagem do tempo. Inclusive é bom não esquecer que o nazismo apropriou-se violentamente de bens de raro valor pertencentes a famílias europeias de alta escala na sociedade.

O general Augusto Heleno não se limitou a atacar fortemente pensamentos neonazistas e sua tentativa de adaptação à cultura moderna. O general Augusto Heleno, ponto importante de sua mensagem, destacou a importância da emoção que deu margem e produziu as reações em cadeia condenando o uso de texto divulgado em 1933, ano em que Hitler subiu ao poder na Alemanha.

Na Alemanha inclusive constitui crime tentar reviver o neonazismo e também negar o Holocausto que marcou os sórdidos campos de concentração. Como ninguém, até o momento ninguém apoiou e teve condições de vir a público contestar Augusto Heleno, o silêncio das facções extremistas é a maior prova da importância da voz do general.

OUTRO ASSUNTO – Reportagem de Camila Feltrin, Folha de São Paulo de domingo, em longo texto destacou as dificuldades que os segurados do INSS têm encontrado no que se refere a informações sobre a busca de seus direitos.

Um verdadeiro labirinto, diz a repórter, assinalando que o labirinto se instalou na burocracia do INSS, depois de aprovada a reforma da Previdência. As dificuldades maiores residem no caminho para os pedidos de aposentadoria. A reportagem cita casos em que seus autores aguardam há oito meses por suas respostas.

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