Museu de Ilusões aposta nas fotos 3D para redes sociais

Nova atração vem somar-se a recentes pontos turísticos do Rio de Janeiro

Na era das selfies, quem tem a melhor foto das redes sociais é rei, e o Museu de Ilusões, que abriu suas portas em um lançamento discreto no último dia 30 no Rio, traz ao Brasil a proposta de ser o acervo interativo mais “instagramável” do mundo -um neologismo que faz referência ao site de fotos mais popular do planeta.

A nova atração vem somar-se a recentes pontos turísticos do Rio, como a roda-gigante Rio Star, inaugurada em dezembro na avenida Rodrigues Alves, no centro, e o AquaRio, aquário que desde 2016 já atraiu 3,3 milhões de visitantes, ao lado da roda-gigante.

A nova sede brasileira tem matriz na Rússia e se consolidou em caráter permanente ao lado de um dos pontos turísticos mais badalados da cidade: o Pão de Açúcar, na Urca, e seu famoso bondinho, cujo passeio dá acesso a uma vista panorâmica da capital fluminense. Segundo os administradores, em 15 dias de abertura, o museu já recebeu cerca de 3.000 visitantes.

Embora flerte com a febre de selfies publicadas na internet diariamente, o local de 300 metros quadrados tem como ponto alto a possibilidade de se mergulhar nos 43 cenários interativos e tridimensionais espalhados por sete salas.

Elaborados à mão por artistas nacionais e internacionais, eles têm base em alguns conceitos artísticos clássicos –como o “chiaroscuro” (contraste de luz e sombra desenvolvido pelos pintores renascentistas do século 16), que dão o efeito 3D aos cenários do museu, e a arte interativa, em que é permitido ao público interagir e mergulhar na obra ali exibida.

Os temas são os mais ecléticos possíveis: de tubarões brancos devorando barcos e hordas zumbis a cartões postais cariocas, como a praia de Ipanema, na zona sul, e o falso abismo da Pedra do Telégrafo, em Barra de Guaratiba (zona oeste).

– A ideia é retratar a diversidade do Brasil e também alguns aspectos da América Latina, como a Patagônia [região que abrange territórios da Argentina e do Chile] – explica Aline Quintella, analista de marketing do museu.

Um dos cenários interativos favoritos da casa é o pandeiro –as pessoas fazem poses e sambam como se estivessem sobre o instrumento, ali desenhado em proporção gigante.

– Se você observar na rede social, tem gente sambando e botam música na imagem e postam isso no Instagram. Eles criam uma obra em cima da obra – afirma ela.

E continua.

– A gente vê aqui que tanto as crianças quanto os adultos, inclusive os idosos, se divertem muito. Eles vêm em grupos para tirar foto e postar nas redes sociais. Todos vêm para interagir e para se divertir. Mas as crianças se soltam mais porque elas não têm vergonha de se soltar, de interpretar, de ficar de ponta-cabeça – afirma.

Há marcações precisas no chão para que os efeitos tridimensionais saiam bem na foto. Além de fotografado, o espectador é convidado a perder a pose e se jogar, deitar e pular por entre os cenários. O Museu das Ilusões conta, também, com fotógrafos na equipe para o visitante ter opção de imagens profissionais, com preço sob consulta.

– As pinturas são feitas no chão, sendo a continuidade da parede, ela dá a ideia de volume, de você estar dentro do cenário. Quando você se posiciona no ângulo direitinho, que a gente sinaliza no chão, dá realmente uma imagem alucinante. [O Museu das Ilusões] é o território da selfie – finaliza.

*Folhapress

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