Prêmio Rio de Literatura divulga os vencedores de sua 4ª edição

Geovani Martins, Heloisa Buarque de Hollanda, Marco Catalão e Rafael Amorim levam prêmios em Prosa de Ficção, Ensaio, Poesia e Novo Autor Fluminense

O escritor e colunista do Segundo Caderno de O GLOBO Geovani Martins Foto: Leo Martins / Agência O Globo

Em Poesia, Marco Catalão foi o escolhido, pelo livro “As asas do albatroz” (Editora Mondrongo). E na categoria Novo Autor Fluminense, Rafael Amorim se sagrou vencedor por “Como tratar paisagens feridas”. Rafael recebe R$ 10 mil e terá mil cópias de seu livro produzidas, publicadas e distribuído ao mercado. Os demais autores premiados recebem R$ 100 mil, cada um.

Dos 701 inscritos nesta edição, 123 são autores de obras já publicadas por 27 editoras, como Companhia das Letras, Record e Bertrand. A categoria Poesia, lançada em 2018, recebeu este ano 216 inscrições (ano passado, foram 158). Obras de 23 estados do Brasil foram inscritas, mas o Rio de Janeiro foi o estado com maior número de interessados, com 297 inscritos, seguido por São Paulo, com 183, e Minas Gerais, com 42.

Os vencedores foram escolhidos por um júri formado pelo poeta e imortal da Academia Brasileira de Letras Antonio Carlos Secchin, o crítico literário e tradutor Davi Pessoa, a professora, crítica literária e ensaísta Beatriz Resende e a ex-secretária municipal de Cultura Eva Doris Rosental.

Para Secchin, as escolhas foram “consensuais, mas sem unanimidades, já que em cada categoria havia pelo menos mais dois ou três concorrentes de alto nível”.

— O livro do Rafael Amorim representa uma renovação literária com um estilo muito pessoal, era uma obra com muita repercussão mas ainda não havia ganhado um concurso. Já o do Geovani representa um discurso novo vinculado ao Rio, mas não o do Rio tradicionalmente representado. E dentro dessa tradição de autores à margem é que vemos também o livro da Heloisa, um livro-ocupação de reivindicação não sectária de espaços para as mulheres, com uma ideia multifacetada de autoria.

Sobre o vencedor da mais nova categoria do prêmio, a de Poesia — que lhe, assumidamente, é a mais cara —, Secchin observou:

— “As asas do albatroz” é uma obra deliciosa e ironicamente lírica sobre o não lugar do poeta contemporâneo, que está em toda parte mas não é visto por ninguém. Ela é constituída por um conjunto de poemas narrativos em verso livre, que revelam outra faceta do talento do escritor, que eu conhecia como exímio cultor (e desconstrutor) das formas fixas em “O cânone acidental”, de 2009.

 

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