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Vereza foi convidado pelo próprio Weintraub para participar da reunião. “Fiz questão de pagar meu voo e meu hotel. Fiz de tudo para convencê-lo mas só ouvi argumentos burocráticos para acabar com uma TV de baixo custo”, contou o ator, que está morando em São Paulo por conta do programa Plano Sequência, no canal público. “Foi dito que o sinal (da TV) seria mantido pelo menos até acabar meu programa. Falta exibir 21 entrevistas. Mas eu, sinceramente, não sei mais”, completou, desolado.O ator e diretor Carlos Vereza saiu, na tarde desta sexta-feira, de uma reunião com o ministro da Educação, Abraham Weintraub, em Brasília, de quem recebeu a notícia de que o MEC não renovará mesmo o contrato com a Associação de Comunicação Roquette Pinto, a Acerp, responsável pela gestão da TV Escola desde a fundação em 1996.

Segundo Vereza, o ministro alegou que o canal custaria, em 5 anos, ao Governo Bolsonaro, R$ 400 milhões. “Não sei se é verdade, mas pelo que sei o custo hoje é 0,06% do orçamento do MEC”. Vereza telefonou imediatamente ao diretor da Acerp, Francisco Campera, pedindo números.

A decisão pode gerar a demissão de cerca de 400 funcionários. E atinge também outros equipamentos culturais, como a Cinemateca, em São Paulo.

Eleitor de Bolsonaro, Vereza disse à coluna que chegou a lembrar do seu apoio ao presidente na reunião. “Falei: Cara, vocês acham que a TV Escola é de esquerda? Então o que é que eu estou fazendo lá? Justo eu que fui ao hospital gravar um vídeo de apoio ao Bolsonaro (após a facada)”. Antes desse episódio, o ator já havia recebido o então candidato Jair Bolsonaro em sua residência, no Rio.

Vereza afirmou que o ministro “foi muito gentil” na reunião, mas disse estar “entristecido” com o presidente Bolsonaro pois, segundo ele, seu governo “não tem investimento nenhum em Cultura”. Votaria nele de novo? “Eu teria que pensar muito. Muito!”.

Agência Estado