Ingrid Soares
Correio Braziliense
O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) viajará para a Antártida no lugar do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). A expectativa é de que ele embarque no dia 13 de janeiro e retorne no dia 15. A agenda foi confirmada nesta terça-feira, dia 7, pela assessoria.
O plano inicial era de que o chefe do Executivo participasse da reinauguração da base da Estação Antártida Comandante Ferraz, destruída em 2012, mas por motivos de uma hérnia lateral e para não piorar o quadro de saúde, Bolsonaro decidiu enviar Mourão.
SEGURANÇA – A viagem havia sido cancelada por Mourão em novembro do ano passado, por motivos de segurança. Antes da chegada à Antártida, a equipe passaria em Punta Arenas, no sul do Chile.
Na época, a região estava em conflito. Até então, Mourão visitaria as obras de reconstrução da base para ver se estava tudo certo para a ida do presidente.
Ainda nesta terça-feira, dia 7, Mourão, foi submetido a um procedimento oftalmológico para remoção de catarata, conforme programação prévia. Em nota, a assessoria informou que o procedimento transcorreu sem intercorrências.
DAVOS – Bolsonaro admitiu na segunda-feira, dia 6, que existe a possibilidade de não participar do encontro anual do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça. Segundo ele, “o mundo tem seus problemas de segurança”. O chefe do Executivo se referiu indiretamente à crise entre o Irã e os EUA.
Já na última sexta-feira, dia 3, o presidente afirmou que as viagens para Davos e para a Índia estão confirmadas, mas que a morte do general iraniano Qasem Soleimani poderia afetar a agenda dos outros representantes de Estado.
AMEAÇA – “A gente não sabe até que ponto pode impactar também não a minha viagem, mas as de todos os chefes de Estado para Davos, nesta questão. Há uma ameaça do Irã de retaliações e estamos aguardando. Por enquanto, está mantida”, disse.
Posteriormente, Bolsonaro deve fazer uma viagem à Índia. Segundo o Palácio do Planalto, o chefe do Executivo aceitou um convite para participar das comemorações pelo dia da República na Índia, no dia 26. Além de buscar aprofundar a cooperação entre os países em áreas de tecnologia, é grande o interesse nas relações comerciais com o país.
ISENÇÃO – Bolsonaro comentou também que, neste ano, poderá sair a liberação da isenção de vistos para os indianos. De lá, Bolsonaro poderá estender a viagem para os Estados Unidos, em fevereiro, para conhecer a tecnologia de “transmissão de energia elétrica sem meios físicos”. Ele procura uma possível solução energética para o Estado de Roraima.