Bolsonaro diz que perdeu parcialmente a memória após queda em banheiro

Presidente sofreu acidente doméstico na noite de segunda-feira (23), foi para o hospital fazer tomografia e já está recuperado, no Palácio da AlvoradabolsonaroWilson Dias/Agência Brasil
Jair Bolsonaro diz que perdeu a memória após queda em banheiro

O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido) disse nesta terça-feira que chegou a perder a memória parcialmente após cair no banheiro do Palácio da Alvorada na noite da segunda-feira. Em entrevista a um programa de TV, ele afirmou que, na manhã desta terça-feira, ele não conseguia se lembrar do que havia feito no dia anterior. Ainda segundo o presidente, ele está bem e está voltando ao normal.

O acidente envolvendo Bolsonaro pegou sua equipe de surpresa. Após a queda, ele foi levado às pressas ao Hospital das Forças Armadas (HFA), em Brasília. Lá, ele passou por exames de tomografia que não detectaram nenhuma anormalidade. Mesmo assim, ele ficou em observação até a manhã desta terça-feira (24), quando recebeu alta.

“É aquela história, depois que vai ficando velho, [a gente] volta a ser criança. Eu dei uma escorregada, realmente. Foi meio feio o negócio. Perdi a memória, mas, graças a Deus, está tudo em paz”, disse Bolsonaro .

O presidente explicou que a perda de memória foi apenas temporária. “Eu perdi a memória parcial. No dia seguinte [ao acidente], hoje de manhã, precisei recuperar muita coisa, mas agora eu estou bem. Eu não sabia, por exemplo, o que tinha feito no dia de ontem. Eu caí de costas, escorreguei pra frente, mas caí de costas. Foi uma pancada muito forte”, afirmou Bolsonaro.

No Palácio da Alvorada desde a manhã desta terça-feira, Bolsonaro manteve a agenda de encontros, apesar da recomendação dos médicos para se manter em repouso. Ele recebeu, entre outros, o vice-presidente, Hamilton Mourão, e o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha.

Casos Marielle e Queiroz

Bolsonaro voltou a criticar as investigações conduzidas pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) sobre o caso envolvendo a morte da vereadora Marielle Franco (PSOL) e sobre o seu filho mais velho, Flávio Bolsonaro (sem partido). Segundo o presidente, as investigações teriam motivação política e, sem mencionar o nome do governador Wilson Witzel (PSC), seriam influenciadas por “um agente político” do Rio de Janeiro.

Sobre Marielle, Bolsonaro disse que os investigadores tentaram “colocar o caso no seu colo”. Segundo ele, teria chegado ao seu conhecimento informações sobre uma suposta trama comandada por um agente político para incriminá-lo. O presidente não deu informações sobre como essa suposta armação teria chegado ao seu conhecimento.

“Chegou ao meu conhecimento, não tenho como comprovar, de que esse mesmo agente político do Rio de Janeiro acertou gravações entre bandidos citando meu nome pra divulgar numa grande rede de televisão depois. Isso acabou sendo abortado porque vazou antes da hora essa intenção deles”, afirmou Bolsonaro.

Falando sobre o caso de Flávio Bolsonaro , o presidente disse que os fatos precisam ser investigados, mas criticou a condução das investigação classificando-as como “pirotecnia”.

“Está em segredo de justiça? Que apure. E na hora certa, divulgue a operação e não ficar fazendo essa pirotecnia toda. Porque, pra mim, o objetivo disso tudo é me atingir”, disse Bolsonaro.

Flávio é suspeito de ter lavado dinheiro com uma loja de chocolate e de participar de um esquema de desvio de recursos públicos da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) envolvendo a prática da “rachadinha”, quando funcionários de um gabinete devolvem parte de seus salários. Na semana passada, o MP fluminense conduziu operações de busca e apreensão em endereços ligados ao senador e a ex-funcionários do seu gabinete como o ex-assessor Fabrício Queiroz , suspeito de ser o operador financeiro do esquema.

O presidente mencionou ainda a existência de uma outra trama para atingir outro de seus quatro filhos, que ele não identificou. Segundo ele, autoridades do Rio de Janeiro estariam planejando conduzir uma operação de busca e apreensão na casa desse filho com o intuito de plantar provas fraudadas. Novamente, Bolsonaro disse que não teria como comprovar o que disse.

“A intenção deles agora, e eu não tenho como comprovar, mas é fazer uma busca e apreensão na casa de um outro filho meu e, ao que tudo indica, fraudando provas…plantando provas na casa dele. É um jogo de poder sujo que existe”, afirmou o presidente.

Fonte: Último Segundo – iG 

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