Mirando a reeleição, Bolsonaro aceita desafio de Lula na estrada das urnas de 2022

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Charge do Amarildo (Arquivo Google)

Pedro do Coutto      O presidente Jair Bolsonaro, ao anunciar sua saída do PSL e a ideia de criar um novo partido com base numa aliança nacional, partiu para acirrar a polarização política no panorama político brasileiro. O Globo, Folha de São Paulo e O Estado de São Paulo deram grande destaque ao tema. O foco mais acentuado sobre a polarização lançada com antecedência de três anos foi destacado pela edição de O Estado de São Paulo de quarta-feira.

A reportagem, de página inteira, está assinada por Mateus Vargas, Rafael Moraes Moura, Camila Turtelli, Renato Onofre e Lígia Formenti. Com isso teve início antecipado, por incrível que pareça, o debate em torno da sucessão presidencial.

LULA INELEGÍVEL – Entretanto, o presidente da República pode lançar a polarização contra as forças que considera de esquerda, mas não contra o ex-presidente Lula, simplesmente porque está sendo considerado inelegível, já que enfrenta outros processos no seu caminho e tem a ficha suja.

Assim, Jair Bolsonaro lançou praticamente um desafio ao PT, sigla contra a qual alcançou a vitória nas urnas em 2018.

Mas não só de desafios políticos vive a administração nacional. Bolsonaro tornou-se autor de uma série de projetos que mudam a economia e boa parte dos direitos sociais. Na minha opinião a caminhada para Brasília vai depender sensivelmente dos resultados positivos que alcançar para a sociedade brasileira, na medida em que conseguir fixar uma nova distribuição de renda e paralelamente diminuir o escandaloso índice de desemprego destacado pelos olhos de todos.

ELEIÇÕES MUNICIPAIS – O presidente Jair Bolsonaro considera muito importantes as eleições municipais de 2020, porque nelas poderá fixar as bases de uma trajetória vitoriosa. No entanto, há o risco de seus projetos não serem aceitos como positivos e, nesta hipótese, sofrer os reflexos nas urnas.

Mas falei em eleições municipais. Pois é. Deve-se levar em conta que a lei eleitoral exige um ano de filiação partidária e, assim, aqueles que abandonarem seus partidos e pretenderem ser candidatos a Prefeituras não poderão registrar suas candidaturas. É o caso de vários deputados e senadores dispostos a disputar a eleição municipal.

Nesse caso somente poderão fazê-lo se permanecerem nas siglas em que se encontram no momento. É o caso da deputada Joice  Hasselmann, que deverá permanecer nos quadros do PSL mesmo sob o risco de um desabamento da legenda com o rompimento de Jair Bolsonaro. Coisas da política. Ela se encontra disposta a concorrer a prefeitura da cidade de São Paulo. Mas este é um outro assunto.

TUDO ESTÁ INDEFINIDO – O certo é que as reformas da Previdência e a trabalhista terão de enfrentar as ruas até chegarem nas urnas de 2020 e de 2022. E não faltam candidatos à sucessão presidencial. É o caso do governador paulista João Dória, pelo PSDB, do também governador fluminense, Wilson Witzel, do PSC, do ex-ministro Ciro Gomes, do PDT, e da ex-senadora Marina Silva.

Mas o quadro ainda está longe de ser definido. Aliás, como ocorre com todos os lances de uma coisa chamada política.

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