Eu quero um vulcão pra chamar de meu. Por  Jose Adalberto Ribeiro

comentarista  Por  Jose Adalberto Ribeiro  – Jornalista e escritor

MONTANHAS DA JAQUEIRA – A imagem é recorrente: o vulcão Brazil está em erupção. As vísceras do vulcão irradiam radicalismos, maus sentimentos, confrontos, provocações. Meu vulcão tem uma estrela vermelha na testa. Meu vulcão é do cordão azul. Minha terra tem vulcões onda canta o carcará. Meus vulcões, minha vida.

O que seria dos vulcões encarnados se não fossem os vulcões azuis?!

Santa Irmã Dulce dos Pobrezinhos do Bolsa Família, abrandai o coração dos vulcões encarnados e verdes-amarelos! Santa Madre Paulina do Coração Agonizante de Jesus, rogai por nós politicamente incorretos que recorremos a vós! Os devotos da mundiça vermelha e os vikings da direita estão se digladiando com fake news, numa guerrilha feroz.

Seja sempre lembrado: corrupção mata, corrupção desemprega, corrupção empobrece, corrupção degrada, corrupção humilha. A corrupção foi elevada à enésima potência na dinastia das camarilhas vermelhas. Algum inocente duvida?! Camarilhas vermelhas na ribalta, no more, oh never more! como diz o corvo de Edgar Alan Poe, ou como diz o carcará em  nossa linguagem.

Eu quero ter um vulcão para chamar de meu. Meus filhos, meus vulcões Zero Um, Vulcão Zero Dois, Vulcão Zero Três. Minha língua, meu vulcão. Meu partido, meu vulcão Bivar, meu vulcão FBC. Meu vulcão Joice, meu vulcão Olavo, meu vulcão Adélio. Curitiba gera vulcões.

Meus vulcões são politicamente corretos. Os vulcões vermelhos  estão sujos com o farelo da corrupção.

Foi um rio que passou em nossas vidas. Não. Foram tempestades, terremotos, furacões. “Nunca me esquecerei deste acontecimento na vida de minhas retinas tão fatigadas”, dizia o bem-aventurado Drummond. Nunca nos esqueceremos da herança nefasta que ainda perdura dos 12, 13, 14 milhões de desempregados. Dados de realidade se sobrepõem, impossível serem esquecidos ou deletados.

Nestes tempos de bruxarias, para que serve a imunidade parlamentar? Um certo senador da Costa preconizou tocar fogo no Brazil à moda do Chile. Tempos recentes uma certa deputada Benedita da Silva proclamou que sem derramamento de glóbulos vermelhos, hemácias e leucócitos não haverá redenção. O fogo e o sangue foram saudados em nome do pacifismo escarlate. Se um recruta Zero filhote do Capitão Marvel cometesse tais heresias seria estraçalhado, cassado e capado, acusado de fazer apologias a ditaduras.

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