Óleo: PF aciona Interpol para ajudar nas investigações do navio grego

O órgão também informou que não se sabe se o derramamento foi proposital

A Polícia  Federal(PF) informou que solicitou ajuda à Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) nas investigações do navio grego Bouboulina, de propriedade da empresa Delta Tankers LTD, apontado como responsável pelo derramamento de óleo que atingiu o litoral do Nordeste, nesta sexta-feira (1). Apesar de chegarem ao dia e o local provável em que o despejo teria ocorrido, o órgão informou que não se sabe se o derrame foi proposital.

Segundo a PF, há imagens que mostram que no dia 28 de julho não havia indícios de mancha, que só veio a ser identificada no dia 29, após a passagem do navio. O local fica a pouco mais de 700 km da costa da Paraíba. Ainda de acordo com as investigações, apenas o navio grego poderia ter despejado o óleo após o cruzamento destes dados.

Navio identificado

A Polícia Federal identificou como responsável pelo derramamento de óleo no Nordeste um navio mercante de origem grega. O navio Bouboulina, de propriedade da empresa Delta Tankers LTD, atracou na Venezuela no dia 15 de julho e o derramamento do petróleo cru teria ocorrido a 700 quilômetros da costa brasileira, como apontaram pesquisadores do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe), entre os dias 28 e 29 de julho.

A embarcação ficou detida nos Estados Unidos por quatro dias, segundo informações da Marinha. O documento enviado à Polícia Federal aponta que a detenção se deu por “incorreções de procedimentos operacionais no sistema de separação de água e óleo descarga no mar”.

O navio Bouboulina foi construído em 2006 e o seu nome é em homenagem a Laskarina Bouboulina, heroína na Guerra da Independência Grega. Ele possui 276 metros de comprimento e tem capacidade para carregar até 164 mil toneladas (somando a carga, passageiros, água, combustível, etc).

Investigações

As investigações foram realizadas pela Marinha, Ministério Público Federal, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e as universidades Federal da Bahia (UFBA), de Brasília (UnB) e Universidade Estadual do Ceará (UEC). Além disso, uma empresa privada do ramo de geointeligência ajudou nas investigações.

O juiz federal Eduardo Guimarães Farias, da 14ª Vara Federal em Natal, determinou busca e apreensão na empresa Lachmann Agência Marítima, apontada como agente marítimo da Delta Tankers LTD. A empresa Witt O Brien’s também foi alvo de busca e apreensão. As duas empresas são localizadas no Centro do Rio de Janeiro.

Fonte: JC online

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