Professores podem se tornar autores do amanhã, arquitetos do futuro de nossa vida

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Desde que tenham as condições necessárias, proporcionadas por governos que voltem seu interesse para a educação, os professores e professoras do país podem se tornar autores do amanhã, os arquitetos do futuro, mas não vem ocorrendo isso. Infelizmente, abalando o trabalho profissional e, portanto perdendo, o desafio da vida moderna. O Brasil possui apenas 50% de seus municípios atendidos pela rede de saneamento básico.

Dessa forma as escolas incluem-se nessa estatística deplorável. Ainda por cima, existe a questão salarial, muito baixa, resultado de uma desatenção para com uma profissão absolutamente essencial.

DOADOR E COBRADOR – Mas não é só esta característica. Acrescenta-se a isso um enfoque tradicional que abrange o comportamento de professores e professoras através do tempo. Por isso, na minha opinião, os professores têm de assumir igualmente sua posição de doador de informações e pensamentos. Não é, portanto, uma posição de cobrador.

Imaginemos uma criança que dá seus primeiros passos, estágio importante da vida, se seus pais ao invés de incentivá-la passassem para o comportamento oposto de recriminação. Ou seja, a função de doador equivale a dos pais quando as crianças começam a andar. Elas precisam de incentivo, não de recriminação.

O processo de ensino, a partir da valorização humana, de outro lado encaminha os jovens para ordenar seus pensamentos. Na frase de André Mauraux, trata-se de ensinar a pensar no processo cotidiano da vida, com suas dúvidas e certezas. Porque, quem aprende o processo, depois ensina a si mesmo.

OUTRO ASSUNTO – Empresas devem 2,4 trilhões ao governo federal. Marcelo Correa, em reportagem de O Globo nesta segunda-feira, com base na informação da Procuradoria Geral da Fazenda, destaca que o montante da dívida de empresas para com o governo eleva-se a estratosférica escala de 2,4 trilhões de reais.

A reportagem é impactante, já que o assunto não havia sido divulgado até agora. Impressionante a incapacidade que os governos atravessaram o tempo sem tentar (pelo menos tentar) cobrar o que lhe devem. Uma enorme omissão que agora vem à tona e acrescente-se um detalhe: de 2013 a 2029 a sonegação ou a impossibilidade de buscar essa fonte de receita representa que o endividamento subiu 84% no período citado.

JÁ DESAPARECERAM – Vale acentuar a parte da reportagem que assinala a faixa da impossibilidade de cobrança porque as empresas desapareceram na estrada do tempo. A chance média de recuperação situa-se no patamar de 508 bilhões. As cobranças impossíveis elevam-se a 284 bilhões de reais.

Como se vê, um desastre total para a arrecadação de tributos.  Para finalizar, podemos comparar o total da dívida com o teto do orçamento para este ano. As dívidas atingem 2,4 trilhões. A lei de meios para 2019 eleva-se a 3,4 trilhões de reais. É um exemplo capaz de dimensionar o montante sonegado. Isso porque a dívida existente corresponde a praticamente 1/3 do orçamento em vigor.

INFORMAÇÃO AO GOVERNO – Há poucos dias o ministro Bento Albuquerque, de Minas e Energia, estimou em 18 bilhões de reais o valor de mercado da Eletrobrás.

Bem, é preciso lembrar que o valor de mercado do hamburger Madero – em O Estado de São Paulo, pg 10 do caderno econômico – é de 3 bilhões de reais.

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