Major Olímpio volta a culpar os “filhos príncipes” de Bolsonaro pela crise do PSL

‘Sem PSL e sem Bivar, não existiria Bolsonaro presidente’, diz Olímpio

Matheus Lara
Estadão

O senador Major Olímpio, líder do PSL no Senado, lamentou nesta sexta-feira, dia 11, a crise no partido e disse que a sigla, seu presidente, Luciano Bivar, e o presidente Jair Bolsonaro “se completam”. “(Em 2018), Bivar foi o único que deu a garantia para que Bolsonaro tivesse um partido para disputar a Presidência da República”, disse o senador, em formatura de sargentos da Polícia Militar de São Paulo.

“O PSL cresceu muito por conta do Jair Bolsonaro. Mas sem PSL e sem Bivar, não existiria Bolsonaro presidente. Eles se completam.” O senador disse que teme uma saída de Bolsonaro do partido e voltou a culpar pessoas do entorno do presidente pela crise.

Entre essas pessoas, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do presidente. “O Eduardo promoveu tudo isso. Agora, quem perde é o presidente. Se algumas pessoas saíssem hoje do PSL não fariam a menor falta.”

“MANIA DE PRÍNCIPE” – Para Olímpio, os filhos do presidente – além de Eduardo, o senador Flávio (PSL) e Carlos (PSC), vereador no Rio – têm “mania de príncipe”. “Não reconheço no País a monarquia, a dinastia. O que desgasta o presidente são os filhos com mania de príncipe.”

Na última quarta-feira, em entrevista à Rádio Eldorado, o senador já havia dito que o PSL “não é dinastia”. Major Olímpio, líder do PSL no Senado, acredita que o deputado federal Eduardo Bolsonaro está “destruindo” a imagem do partido em São Paulo, desde que o “filho 03” do presidente assumiu a liderança da sigla no Estado, em junho deste ano.

DINASTIA – “Não quero saber se ele é o filho do presidente, pra mim ele é um filiado e o meu descontentamento e o de muita gente é manifesto”, disse o senador na ocasião. “Partido político não é dinastia”, afirmou.

Outro alvo das críticas de Olímpio foi o senador Flávio Bolsonaro, o “filho 01” do presidente. “No Rio de Janeiro, o Flávio quis que o partido deixasse o governo por uma manifestação de posicionamentos do governador Witzel. O partido disse não”, afirmou, reforçando a ideia de que os desentendimentos regionais não devem atrapalhar a relação entre o presidente da República e o partido:

“NÃO EXISTE” – “O presidente é muito maior que questões regionais ou posturas de seus filhos”.   Na segunda-feira, Olímpio já havia declarado que “Flávio Bolsonaro para mim acabou, não existe”, após eles terem demonstrado posicionamentos contrário em relação à CPI da Lava Toga.

Olímpio disse concordar com o presidente, que ao Estado na quinta afirmou defender uma auditoria nas contas do PSL: “É o óbvio. Fundo partidário é recurso público e tem que ser auditado”.

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