The Gaulle: Amazônia é joia.  Por  Jose Adalberto Ribeiro

comentarista  Por  Jose Adalberto Ribeiro  – Jornalista e escritor

MONTANHAS DA JAQUEIRA – Olha só quem aflorou no recinto, o cientista político The Gaulle! Ele veio dar um rolé nas quebradas para matutar sobre os incêndios e a proposta de internacionalização das florestas amazônicas.

Vosmecê aceitaria ser o chanceler internacional das florestas tropicais? perguntei. Aí vareia, respondeu. Depende do reino das riquezas minerais, animais e vegetais, botijas de ouro e diamantes. A Amazônia é joia.

Ora, direis, não tem como internacionalizar a Amazônia. Ah inocentes! Basta liberar recursos para as ONGs e deixa-las atuar livremente.  Nas imensas reservas indígenas de hoje, tipo nações soberanas, os brasileiros já são tratados como estrangeiros.

O pão francês é uma das principais riquezas da floresta amazônica, segundo o cientista político The Gaulle.

Os ambientalistas estrangeiros querem proteger a beiçola do cacique Raoni, ou seja, as reservas de nióbio, a fotossíntese do ouro,  aliás, a síntese do manganês, as minas de bauxita, castanheiras, jacarandás, a pirataria do mogno.

Motores de Toyota, máquinas selvagens, são cultivados nas reservas indígenas em troca de madeiras de lei.

Dizem que no reino passado havia uma vez uma floresta encantada com zero incêndios, pássaros dourados, índios inocentes e ONGs filantrópicas à moda de São Francisco de Assis. Subitamente, não mais que subitamente, a floresta foi desvirginada por carbonários malvados a mando do Capitão Marvel.

Faz parte da guerrilha do cordão encarnado contra o cordão azul. O Planalto está em chamas, as planícies estão em chamas, os palácios estão em chamas. É o fogaréu da política.

Dom Joaquim Francisco, o filósofo de Macarapana et Orbi, entra na linha e observa o pagode. Fazer política é o ofício de escalar coqueiros e tirar o coco no meio de casas de marimbondos, afirma. Os marimbondos vermelhos estão acesos.

A carreira artística do Capitão Marvel, tirador de coco vitorioso em Brasília, é feita de lances ousados. Ele sacoleja os coqueiros e atiça os marimbondos. Brasília é terra de marimbondos ferozes. Estão espalhando brasas nas florestas.

No meio do fogaréu dos ambientalistas, caciques e índios são massas de manobras e também são manobristas. A inocência foi perdida na floresta.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *