Governo diz que quatro estados da Amazônia já pediram ação das Forças Armadas no combate ao fogo

Por Ana Krüger

O governo federal informou neste sábado (24) que quatro estados da Amazônia já formalizaram pedido para ação das Forças Armadas no combate às queimadas:

  • Rondônia
  • Roraima
  • Pará
  • Tocantins

A informação foi passada pelos ministros Fernando Azevedo e Silva, da Defesa, e Ricardo Salles, do Meio Ambiente. Os dois deram uma entrevista à imprensa após uma reunião para tratar da ação federal nas áreas atingidas pelo fogo.

Nesta sexta-feira (23), o presidente Jair Bolsonaro assinou um decreto autorizando o envio de homens das Forças Armadas para atuar nos estados da Amazônia. Para que a medida seja efetivada, no entanto, é preciso o pedido formal de cada governador de estado.

O decreto do presidente vale para toda a Amazônia Legal, da qual fazem parte os estados da Região Norte, além do Mato Grosso e Maranhão.

Na entrevista, Azevedo e Silva disse que as ações das Forças Armadas começam neste sábado em Rondônia. Ele afirmou também que atualmente há 44 mil homens na região da Amazônia. Segundo o ministro, o efetivo vai ser usado de acordo com o local e o tamanho de cada missão e, neste primeiro momento, não será necessário deslocar as tropas.

“O efetivo é por demanda. Qual é a missão? Nós vamos usar o efetivo da área”, afirmou o ministro.

“A demanda que existe até o momento, a primeira operação que estamos fazendo é no estado que já pediu, Rondônia. Temos efetivo suficiente para isso lá. E já estamos com aeronaves lá”, completou Azevedo e Silva.

As queimadas geraram uma crise no governo federal, que vem sendo cobrado nos últimos dias no Brasil e no exterior por causa da situação da floresta. Artistas, sociedade civil e líderes de outros países se manifestaram em defesa da Amazônia.

De acordo com a Nasa (Agência Espacial Norte-Americana), 2019 é o pior ano de queimadas na Amazônia brasileira desde 2010.

Apoio dos estados

Salles ressaltou que a efetividade das ações de combate às queimadas depende da cooperação entre estados e governo federal.

“Temos pedido aos estados, desde o começo do ano, para que nos apoiem nas ações de fiscalização e controle do Ibama e do Icmbio, porque são as forças militares estaduais que dão efetividade e apoio para que ações possam ocorrer naquele vasto território da Amazônia”, disse o ministro.

“Mais uma vez também conclamamos os estados a participarem desse esforço”, afirmou Salles.

Também neste sábado, governadores do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal, formado pelos estados do Norte, além de Mato Grosso e Maranhão, divulgou um documento enviado a Bolsonaro no qual pede cooperação do governo federal e uma reunião em caráter de urgência para tratar de queimadas na região.

“Solicitamos à Vossa Excelência imediatas providências no sentido de viabilizar a cooperação das estruturas dos Estados da Amazônia Legal e as do Governo Federal no emprego específico de combate a focos de incêndio na Floresta Amazônica do Estado Brasileiro, com apoio material para enfrentamento efetivo ao desmatamento e incremento às ações de fiscalização de atividades legais”, afirmaram os governadores no documento.

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