Na madrugada de 23 de julho de 1993, policiais à paisana mataram oito crianças e feriram dezenas em frente à igreja da Candelária, no Centro do Rio de Janeiro
O relato de um sobrevivente levou à prisão de três dos policiais envolvidos no crime. Wagner dos Santos tinha 21 anos quando foi baleado quatro vezes junto a dois outros adolescentes que dormiam próximo a igreja. Os três foram abandonados perto do Museu de Arte Moderna (MAM), no Aterro. Dos três, apenas Wagner sobreviveu e conseguiu fazer o retrato falado dos criminosos.
As investigações revelaram que o massacre foi uma ação de represália dos policiais após um episódio de vandalismo por parte de alguns meninos de rua que estavam em frente à igreja na tarde anterior ao massacre. Na ocasião, meninos jogaram uma pedra em um carro da polícia, quebrando o vidro e ferindo levemente um dos policiais militares, depois que um deles foi detido.
Os três policiais condenados receberam penas que somavam mais de 200 anos de prisão, mas foram soltos antes de cumprirem 20 anos no regime fechado.
Fonte:
G1 – Chacina da Candelária: sobrevivente ainda tem pesadelos, diz irmã