Greenwald não pode liberar material para perícia, porque a fraude será descoberta

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Se liberar o material para perícia, Greenwald estará liquidado

Carlos Newton

Ao invés de continuar perseguindo o ex-juiz Sérgio Moro, os procuradores federais e outros participantes da Laja Jato, o jornalista norte-americano Glenn Greenwald começa a se sentir perseguido. Convidado para ser uma das estrelas no festival literário de Paraty, ele teve se locomover de barco, cercado de seguranças, e sua palestra foi saudada por um sonoro protesto popular, que incluiu explosão de rojões, Hino Nacional em duas versões, “Detalhes” e “Pavão Misterioso”, que se tornou sua nova trilha sonora.

Às custas da Lava Jato, Greenwald já viveu seus 15 minutos de fama, agora a tendência é descer a ladeira e prestar contas à Justiça, no prosseguimento da investigação a cargo da Polícia Federal.

INTIMIDAÇÃO – No momento, o jornalista tenta se manter incólume através da intimidação, repetindo as mesmas ameaças: “Esse acervo que nós temos é muito poderoso. E o poder dos documentos, fotos e vídeos, e dos áudios que nós temos dá medo nas pessoas que têm mais poder. Esse acervo tem a capacidade de mostrar a verdade. Só isso. E isso está assustando a eles mais do que tudo”, diz ele, na esperança de que o material não venha a ser apreendido para sofrer perícia.

Desafiadoramente, anunciou que não irá disponibilizar às autoridades as mensagens trocadas por procuradores e pelo ministro da Justiça, Sergio Moro, que basearam reportagens publicadas pelo site.

Nós não entregamos e nunca vamos entregar nosso material jornalístico para a polícia ou tribunais porque isso é uma coisa que acontece em países autoritários, tiranias, e não democracias. O que nós fizemos, como profissionais, nós verificamos com muita cautela que o material é totalmente autêntico”, advertiu.

ADULTERAÇÕES – As denúncias de Greenwald já estão desmoralizadas, desde que o ex-procurador Carlos Fernando dos Santos Lima compartilhou uma gravação do editor executivo do site “The Intercept”, Leandro Demori, feita pelo jornalista Oswaldo Eustáquio e divulgada no site “República de Curitiba”.

Na gravação, Leandro Demori, que editou as publicações dos diálogos entre Moro e os procuradores, mantém uma conversa com colegas sobre a ‘Vaza Jato’ e admite que o “Intercept” fez alterações nos diálogos: “A gente tá passando recibo […] A gente escolheu pra nós. Ta aqui ó, ninguém faz isso. A gente tá passando recibo. A gente tomou uma decisão”, disse Demori em um café na cidade de São Paulo.

Nesses áudios, Demori e seus interlocutores falam sobre supostos erros nas mensagens, tanto de digitação quanto de contexto. “Tava tudo errado. O que, por exemplo, estava errado? Tudo tava errado. Nomes, data, blocos, citação. Tudo errado”, declarou o editor do Intercept. “Absolutamente tudo errado”, confirmou outra jornalista.

SEM COMENTÁRIOS – Procurado pela imprensa, Leandro Demori não quis comentar o caso. E não foi só isso. Muitos outros erros foram identificados. O mais gritante foi denunciado pela procuradora Monica Checker, que à época do diálogo atribuído a ela não conhecia o então juiz Moro e jamais tinha ouvido falar nele.

A estratégia de Greenwald é clara. Recusa-se a liberar as gravações porque ficará comprovado que houve manipulação de dados, nomes e datas. E assim, ao invés de continuar acusando os participantes da Lava Jato, o acusado passará a ser ele.

De toda forma, Greenwald está acuado. Não pode entregar o material nem pode se livrar dele. E não conseguirá permanecer eternamente escondido sob o manto da liberdade de imprensa, para evitar que haja perícia nas gravações. Sua incriminação é apenas uma questão de tempo.

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P.S. 1 –
 A  conversa do editor do Intercept foi num café em São Paulo. Eles estava falando alto, o jornalista Oswaldo Eustáquio estava na mesa ao lado e captou a mensagem, amado mestre.

P.S. 2  Imagine-se a mesma situação na matriz USA, com um jornalista brasileiro dedicado a demolir o mais importante trabalho da Justiça americana, sem submeter as provas à perícia. Na matriz USA, Greenwald já estaria preso há muito tempo. Enquanto isso, aqui na filial Brazil, ele ainda continua tirando onda… (C.N.)

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