Por Jose Adalberto Ribeiro – Jornalista e escritor
MONTANHAS DA JAQUEIRA – Hoje é o Dia Seguinte. Depois da reforma da Previdência, o galo canta a reforma da descarga elétrica tributária e da reforma política administrativa.
Este é o País das ditaduras perversas do sistema financeiro parasitário e da descarga elétrica tributária, das tiranias dos planos de doenças, das corporações maléficas nas áreas de saúde e educação, do ensino universitário gratuito para os ricos e do ensino médio e fundamental indigente para os pobres.
Neste contexto o ministro da Economia, Paulo Guedes, ultraliberal até o tutano, representa um lampejo de modernidade econômica e avanço civilizatório.
No lado avesso, este é um Brazil de intelectuais coliformes que celebram como mito um farsante guru de uma seita ideológica.
Exemplo de antiliberalismo: o Ministério da Educação proibiu, em portaria de novembro 2017, por cinco anos avante, a abertura de novas faculdades de Medicina no Brazil. A desculpa esfarrapada é melhorar a qualidade de ensino das atuais faculdades.
Isto aconteceu no Governo de Michel Temer. As elites pecaminosas silenciam. E o estrago antissocial continua.
O objetivo real é manter a reserva de mercado e os privilégios dos profissionais e suas corporações, em detrimento das carências da sociedade. Esta medida afronta as demandas da população, de centenas de milhares de famílias e jovens estudantes.
Somente os gênios dos cursinhos, filhotes de ricos têm acesso às faculdades públicas gratuitas de Medicina, mantidas com impostos dos assalariados. Cuba, uma ilha-presídio comunista com 11 milhões de escravos, fabrica mais médicos que todo o Brazil com 210 milhões de almas, mesmo que os médicos de lá sejam fabricados nas coxas feito os charutos cubanos.
Continua liberada a criação de faculdades nas áreas de humanidades e desumanidades, para a promoção de surubas e formação de panfletários ideológicos com o dinheiro público.
Em Pernambuco nos anos recentes foram criadas faculdades de Medicina em Garanhuns e Serra Talhada, inviabilizadas por conta da má vontade do Governo federal e das entidades corporativas.
Revogar a proibição da abertura de faculdades de Medicina seria uma medida eficaz para destravar o ensino universitário e atender às demandas da população. Equivale a um fator em favor da mobilidade social.
O Capitão Marvel, os ministros Paulo Guedes e Abraham Weintraub terão peito para enfrentar os espíritos de porco das corporações e revogar a proibição da abertura de novas faculdades de Medicina? O fim das reservas de mercado e desregulamentação administrativas contraria interesses poderosos e atiça vespeiros.