Heleno responde a Carlos Bolsonaro: “Segurança do GSI é muito séria e treinada”

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General Heleno desmente críticas do filho Zero Dois de Bolsonaro

Gregory Prudenciano
Estadão

O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, general Augusto Heleno, afirmou nesta sexta-feira, dia 5, à GloboNews que a segurança do presidente Jair Bolsonaro “é muito séria, muito competente, muito treinada”. O ministro também reconheceu que uma falha de segurança possibilitou que um sargento da Força Aérea Brasileira (FAB) embarcasse com 39 quilos de cocaína em um avião de apoio à comitiva presidencial ao Japão. O militar foi preso na Espanha.

Questionado sobre críticas sofridas pelo GSI por parte do vereador Carlos Bolsonaro (PSC), filho do presidente, Augusto Heleno se esquivou.

SUBORDINAÇÃO – “Tenho subordinação direta ao presidente. Hoje mesmo ele foi claro em dizer que tem absoluta confiança no GSI. Essa é a manifestação que eu escuto e tenho certeza de que é o que ele pensa”, falou o ministro. Apesar de dizer que o efetivo subordinado ao GSI “não é o que sonhamos”, Heleno garantiu que a equipe responsável pela segurança de Bolsonaro “é muito séria, muito competente, muito treinada”.

Para Heleno, a FAB, que é subordinada ao Ministério da Defesa, deve aperfeiçoar seu sistema de segurança após a prisão do militar na Espanha. “Aconteceu, como acontecem outros incidentes. Aconteceu uma falha e isso será corrigido”, disse Heleno, explicando na sequência que FAB e o Ministério da Defesa estão dedicados a aperfeiçoar dispositivos de segurança. LOBO SOLITÁRIO – “As investigações correm em sigilo e são nosso maior auxílio para chegarmos à conclusão para saber se ele fazia parte de um esquema ou se era um lobo solitário”, explicou o ministro, para quem “o governo Bolsonaro está fazendo tudo para combater a criminalidade”.

Segundo Augusto Heleno, uma das possibilidades aventadas para que o sargento tenha entrado na aeronave com a droga seria o fato dele ser comissário de voo, grupo que frequentemente não se submeteria ao rigor dos aparelhos de Raio-x “por chegarem muito antes”.

O ministro explicou que o GSI é responsável pela aeronave onde ficam presidente e vice-presidente, e não pelas de apoio à comitiva presidencial. “Não estou querendo justificar o que aconteceu, mas a acusação de que o GSI teria permitido que isso acontecesse não tem fundamento”, afirmou.

BOLSONARO APOIA – Pela manhã, Bolsonaro já havia defendido o serviço prestado pelo GSI. O comentário do presidente foi feito em referência a uma matéria publicada nesta sexta pelo Estado que mostra que sua família e o chamado núcleo ideológico do Palácio do Planalto cobram mudanças no esquema de segurança do presidente e a transferência da escolta oficial do Exército para a Polícia Federal.

“Estou muito bem com o GSI, do general Heleno, me sinto muito seguro e tranquilo. Não existe segurança 100%, né, infalível. Qualquer presidente de vez em quando sofre algum tipo de atentado, etc., mas confio 100% no general Heleno à frente do GSI”, disse Bolsonaro a jornalistas.

Ele participou de solenidade de comemoração do 196º Aniversário da criação do Batalhão do Imperador e o 59º de sua Transferência para a Capital Federal. O evento foi realizado no Batalhão da Guarda Presidencial, em Brasília.

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