Segundo inscrito para falar na audiência com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, na audiência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o líder do governo Jair Bolsonaro (PSL) no Senado, o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB) saiu em defesa do ex-juiz e elogiou o trabalho de Moro na magistratura e na pasta comandada por ele. O parlamentar apontou a “notória experiencia” e “trabalho no combate à corrupção”. No início do seu discurso, Fernando Bezerra citou números do ministério como a da redução do número de homicídios.
Autor do ofício enviado ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), para comunicar à disposição do ministro em comparecer à Casa Alta para falar dos vazamentos das conversas com membros da Lava Jato, FBC cumprimentou o ex-juiz por ter vindo para a audiência. Mais cedo, em entrevista ao programa Primeira Página, na Rádio Jornal, o líder governista disse que Sergio Moto estava “muito seguro” antes de encarar os questionamentos dos senadores.
Na fala na CCJ, o senador disse que “está muito claro que o ministro da Justiça foi vítima de graves crimes” ao se referir a invasão do celular do ministro. E ressaltou que quem conhece o sistema jurídico brasileiro, sabe que essas conversas do juiz com as partes do processo são normais e conhecidos como “embargos auriculares”. O que foi reforçado pelo ex-juiz. “É normal esse contato (entre as partes)”, disse Moro, acrescentando que recebia advogados dos alvos da Lava Jato na sua sala.
Na tréplica, o líder governista citou a entrevista do jurista pernambucano José Paulo Cavalcanti Filho em que ele defende que não há “nada de mais” nos diálogos entre Moro e o coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol.