PF prende ex-superintendente do Ibama

Imagem relacionadaUma ação de combate à extração ilegal de madeira na floresta amazônica resultou na prisão de um ex-superintendente do Ibama. José Leland Barroso estava entre os investigados pela Operação Arquimedes, deflagrada pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal. Os agentes usaram uma ferramenta de imagem de satélite para identificar focos de desmatamento. O acompanhamento das imagens é feito quase que diariamente, otimizando os trabalhos das forças de segurança.

É a primeira vez que a ferramenta de monitoramento é utilizada em investigações no país. A PF e o MPF deflagraram a ação na manhã desta quinta-feira (25/4). Além de várias empresas, investigadores também acompanharam servidores de órgão ambiental estadual, engenheiros ambientais, detentores de planos de manejo, suspeitos de fazerem vista grossa a desmatadores.

Agentes da PF atuaram em duas frentes que resultaram em dois inquéritos. Um para acompanhar a extração, exploração e comércio ilegais de madeira, e outro para investigar os servidores de órgãos ambientais e os proprietários das empresas. Ao todo, a Justiça expediu 23 mandados de prisão preventiva, seis de prisão temporária, e 109 mandados de busca e apreensão.

Além de Amazonas, as ações aconteceram nos estados do Acre, Amapá, Mato Grosso, Paraná, Roraima, Minas Gerais, Rondônia, São Paulo e Distrito Federal. A Justiça também autorizou o bloqueio de R$ 50 milhões nos CNPJ’s das empresas investigadas. Os suspeitos podem responder por falsidade ideológica no sistema Documento de Origem Florestal, falsidade documental nos processos de concessão e fiscalização de Plano de Manejo Florestal Sustentável, extração e comércio ilegal de madeira, lavagem de bens, direitos e valores, corrupção ativa e passiva e por organização criminosa.

Em 2017, a operação apreendeu mais de 400 contêineres no porto em Manaus, com cerca de 8.000 m³ de madeira em tora. O produto estava com documentação irregular, pertencia a mais de 60 madeireiras e seria enviado ao mercado doméstico e internacional. Do total, 140 contêineres tinham como destino países da Europa, Ásia e América do Norte.

 

Com informações da Polícia Federal.

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