Temer é alvo de denúncias por quadrilhão do MDB e compra de silêncio de Eduardo Cunha

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Sem a proteção do foro privilegiado, o destino dos três é a cadeia

André de Souza
O Globo

A Procuradoria da República no Distrito Federal — unidade do Ministério Público Federal (MPF) que atua em Brasília — ratificou nesta quarta-feira duas denúncias contra o ex-presidente Michel Temer. Se a 12ª Vara Federal do DF aceitá-las, Temer se tornará réu pela quinta e pela sexta vez. Uma das denúncias também tem como alvos dois ex-ministros de seu governo: Eliseu Padilha e Moreira Franco.

As denúncias foram feitas inicialmente em 2017 pelo ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, quando Temer ainda era presidente. Mas a Câmara dos Deputados barrou a continuidade do processo. Com o fim do mandato presidencial, os processos foram enviados para a primeira instância. Janot fez apenas uma denúncia para os dois crimes, mas a Procuradoria da República no DF preferiu dividi-la em duas.

QUADRILHÃO – Temer é acusado de comandar uma organização criminosa composta de políticos do MDB, que teria desviado dinheiro de empresas e órgãos públicos, como Petrobras, Furnas, Caixa Econômica, Ministério da Integração Nacional e Câmara dos Deputados. Padilha e Moreira também fariam parte do grupo. Os três são filiados ao MDB.

Na outra denúncia, ele também é acusado de atrapalhar investigações da Lava-Jato. Nesse caso, teria dado aval para o empresário Joesley Batista, dono da JBS, comprar o silêncio do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha e de Lúcio Funaro, apontado como operador de esquemas do MDB da Câmara. Em conversa gravada por Joesley sem conhecimento do ex-presidente, ao ouvir das tratativas do empresário com Cunha, Temer disse: “tem que manter isso, viu”.

OUTRAS AÇÕES – Na Justiça Federal do DF, Temer já é réu em outra ação que tem origem na delação de executivos do grupo J&F, holding controladora da JBS, como Joesley Batista.

Em um deles, é acusado de ser beneficiário de propina levada em uma mala de R$ 500 mil pelo então assessor presidencial Rodrigo Rocha Loures. E Temer também já é réu outras três ações, duas no Rio de Janeiro, e uma em São Paulo.

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