Taxistas cobram fiscalização de apps em protesto no Recife

No final da tarde a manifestação será direcionada para o Derby, com o intuito de fechar a avenida Agamenon Magalhães e avenida Conde da Boa Vista

Protesto de taxistas no Centro do Recife

Protesto de taxistas no Centro do RecifeFoto: Arthur Mota/Folha de Pernambuco

Taxistas de todo o Recife realizam uma manifestação nesta segunda-feira (1º) no intuito de reivindicar o cumprimento da Lei nº 18528, que se refere à regulamentação dos aplicativos de transporte particular. A manifestação foi organizada por associações e corporativas, que no ato, representam os taxistas.

A categoria que começou a se concentrar em frente ao Classic Hall, em Olinda, na Região Metropolitana do Recife, por volta das 6h30, saiu em passeata em direção à Prefeitura do Recife (PCR), no Bairro do Recife, na área central da Capital, por volta das 8h30. A prefeitura informou ao Portal FolhaPE que não foi contactada pelos taxistas, mas está à disposição para o diálogo.

A categoria, que prometeu acampar em frente à PCR caso oprefeito não descesse para dialogar, se recusou a conversar com o secretário de mobilidade e controle urbano do Recife, João Braga e representantes da CTTU.

Até o fim da tarde da segunda, taxistas confirmaram que suas queixas não foram atendidas. Segundo Valmir Teixeira, presidente da Frentaxi (frente dos taxistas de Pernambuco), a manifestação será levada para o Derby, com o intuito de fechar a Agamenon e Conde da Boa Vista e não tem previsão de parar em apenas um dia. “Na próxima segunda-feira, estaremos novamente realizando o protesto, com as solicitação de cumprimento da lei e mesmas reivindicações.”

O prazo para o cumprimento da lei venceu no dia 22 de março deste ano. No dia 25 do mesmo mês, a Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) lançou um edital estabelecendo prazo indeterminado para que a regulamentação seja cumprida. Os manifestantes criticaram esse edital.

De acordo com o vice-presidente da Associação de Taxistas e Condutores Auxiliares de Pernambuco (Atcape), Ayron Wanderley, a manifestação é uma forma de pressionar os órgãos públicos no que diz respeito à fiscalização dos aplicativos. “A Prefeitura do Recife deu um prazo de 120 dias para que as empresas de app se adequassem à lei. Após esse prazo a CTTU lançou um edital dando prazo indeterminado para que a regulamentação total fosse feita. Então, a manifestação vem com o objetivo de fazer com que a lei seja cumprida, porque estamos sendo sacrificados”, lamenta.

A classe, que segundo Ayron não tem o apoio do sindicato da categoria, conta com 6.125 taxistas permissionários no Recife, e cerca de 18 mil auxiliares. A principal concentração da classe foi iniciada em frente ao Classic Hall. Outros pontos, como Iputinga, Cais José Estelita, Imbiribeira, avenida Sul, Pina, Cais do Apolo, Agamenon Magalhães, Avenida Norte e Encruzilhada também concentram os manifestantes, que seguem para a PCR.

Para Manoel Mendes, taxista há 12 anos, o não cumprimento da lei traz um sentimento de injustiça aos taxistas. “A gente se sente mal por ter que parar a via. Lutamos tanto e queremos que a fiscalização seja feita”, desabafa.

FONTE:FOLHAPE

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